Até este sábado, Porto Rico era reconhecido por ser território norte-americano, ser um país que não elege presidente, mas governador, ter lindas praias e abrigar a fábrica de rum Bacardi. Agora, também é o país da tenista medalha de ouro na Rio 2016. Monica Puig venceu a alemã Angelique Kerber por 2 sets a 1 (6/4. 4/6 e 6/1) em duas horas e nove minutos. Foi a primeira medalha de ouro na história do país, que até a Rio 2016 colecionava duas pratas e seis bronzes.
Aos 22 anos, Puig, atual 34 do ranking da WTA, venceu ninguém menos do que a número 2 – e já havia deixado pelo caminho a espanhola Garbiñe Muguruza, campeã de Roland Garros em 2016. Até este sábado, a portorriquenha havia ganho apenas um torneio profissional. Só que ela jogou como multicampeã na quadra principal do Complexo Olímpico de Tênis, batizado Maria Esther Bueno – e com a própria presente, já que comentou a decisão para o SporTV.
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No primeiro set, em apenas 37 minutos, Puig fechou o primeiro set em 6/4. Não adiantou os alemães sacudirem suas bandeiras e cantarem "Let’s go, Ange, let’s go!". Os portorriquenhos, em bem menor número, também agitaram suas bandeiras, mas de forma silenciosa. Pareciam incrédulos diante da atuação de sua compatriota.
No segundo set, Angelique cresceu no jogo. Quebrou o saque de Puig logo no primeiro serviço. Sofreu a quebra no 4 a 4, mas voltou a quebrar ao abrir 5 a 4. A alemã filha de pai polonês e com residência em Puszczykowo – só sendo polonês mesmo para repetir esse nome – fechou o segundo set em 6/4, em 51 minutos.
No terceiro set, Puig abriu 5 a 0. Neste momento, os portorriquenhos já estavam gritando, dançando e até um chocalho apareceu para ditar o ritmo da festa. Na quadra, Puig jogava sem medo de arriscar. Assim, encontrava diagonais e paralelas que enervavam a alemã Kerber, cuja característica é a frieza. Em 41 minutos, a portorriquenha fechou em 6/1 e escreveu a história do país aqui no Rio.