Para o holandês Joop Lever, que há 20 anos leva turistas do seu país para todas as Olimpíadas, de inverno e verão, o Rio de Janeiro está prontíssimo para os Jogos. Responsável por cerca de 15 casais nórdicos, ele diz que o policiamento está bom e que não sente medo de ser assaltado.
– A mídia sempre mostra o lado ruim de todas as competições. Na Austrália, os atletas dormiam em containers, e adoravam! O Rio é uma maravilha, todo mundo é relaxado e receptivo. Se você quiser um evento organizado com uma rigidez alemã, vá para a Alemanha.
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A delegação holandesa está focada em bater recorde de medalhas conquistadas. Em Sidney, foram 26. No Rio, querem conquistar 30. Esbarrei com os pais de uma atleta de remo da Holanda, ambos empolgados com os Jogos e com as possibilidades de medalha. Ao nosso lado, três soldados do exército de fuzil na mão.
– Estão acostumados em ver esse tipo de arma? – perguntei.
– Apenas nos filmes. Mas assim nos sentimos protegidos. Melhor muita segurança do que nenhuma – responderam.
Sobre segurança, são 85 mil homens responsáveis pela segurança dos Jogos, entre eles 22 mil soldados. Exército, guarda municipal, policiais militares e civis, além de segurança privada, todos espalhados pelos locais de jogos e zonas turísticas. Impressiona a quantidade de segurança na zona sul, a área nobre do Rio.
Nesta semana, enquanto a gente almoçava, vimos a prisão de dois ladrões de bicicleta. Um policial à paisana deu voz de prisão aos jovens que haviam acabado de realizar o furto. Em poucos minutos, chegaram cerca de 15 profissionais, em quatro carros, levaram os jovens e as bicicletas, e tudo voltou ao normal.
– Pena que é só durante as Olimpíadas. Quero ver depois, se essa segurança toda vai continuar – comenta um morador.
*ZHESPORTES