Praticantes de um esporte muito pouco popular no país, as lutadoras indianas vieram aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro com a missão de combater preconceitos. Até aqui, nenhuma delas conquistou uma medalha olímpica. A expectativa para este ano, no entanto, é grande, e as atletas esperam não apenas vencer, mas ainda inspirar com seu exemplo.
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Neste ano, a Índia tem três lutadoras classificadas para as Olimpíadas – um recorde para o país. Entre elas, está Vinesh Phogat. Aos 21 anos de idade, Vinesh Phogat, que vem de uma família de lutadores, já levou o ouro nos Commonwealth Games de 2014.
– Será ótimo ir à abertura, ver nossa bandeira tremulando e entrar vestindo um sari. Normalmente, não usamos roupas de meninas – disse.
Já Sakshi Malik, quando começou a treinar, aos 12 anos de idade, teve que lutar contra preconceitos em seu Estado natal, Haryana:
– É estranho ver como as pessoas mudam. Agora estão interessados em mim, mas no início não me deram apoio. Minha família e meus treinadores sempre me apoiaram, mas todos os outros perguntavam: "por que você está fazendo coisas de homem"?
O treinador Kuldeep Singh Malik, que costumava treinar a equipe nacional masculina, afirma que o treinamento feminino é igual ao masculino, e que ele não trata suas competidoras de forma diferente por serem mulheres. Mas no geral, em casa, o sexismo é uma batalha dura. Por isso, vencer no Rio pode ser uma conquista dentro e fora da competição.
– Vamos nos treinar e então a confiança de outras vai aumentar. Vão ver que podem treinar como nós. Queremos ver as mulheres avançando – declarou Vinesh.