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Canções eternas, tão presentes na formação e na vida de um povo musical como o brasileiro, foram elas que conquistaram o público na profissionalíssima, criativa, high tech e ecologicamente correta festa da cerimônia de abertura dos Jogos do Rio de Janeiro. As três bilhões de pessoas que a assistiram pela TV devem ter gostado. Mas sem as 75 mil pegando junto no Maracanã, nada feito.
O ponto alto, claro, foi Gisele Bündchen desfilando como uma classe indescritível na condição de Garota de Ipanema, em um vestido prateado e fendas na medida, que bem podem ser o nosso sorriso com tanta beleza. No caso da modelo gaúcha, que serpenteou no gramado teve ainda Daniel Jobim, neto de Tom, ao piano.
Era a fase do Brasil Metrópole, após a floresta ser recriada com recursos eletrônicos. Antes, o descobrimento, a chegada de outros povos colonizadores. E o 14 Bis voando pelo estádio? Eu mesmo alonguei o braço, mas não consegui tocá-lo. Tentei, juro. Quase. Passou perto. Minha posição de imprensa era no alto, quase no teto. Cumpri minha função cidadã.
Desde o começo, a música cativou o público. Quando Paulinho da Viola apareceu cantando o hino nacional, e lá pelas tantas os violinos caíram na batida do samba, teve gente se abraçando. O que pode ser mais carioca do que isso? Simples e bonito.
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Antes, no primeiro momento, Aquele Abraço, de Gilberto Gil, avisou qual seria o tom. O Maracanã virou coral, suavemente. Não há festa de sucesso sem a interação da platéia, e isso existiu muito na abertura. Anitta, Elza Soares, a turma do Passinho: todos se misturaram na união do antigo com o novo.
Bem, quando Jorge Benjor atacou de País Tropical, meus amigos, aí virou salão de dança. Os brasileiros puxaram. Levantaram-se, cantaram e dançaram. Nas tribunas de imprensa, houve quem mexesse o corpo para lá e para cá, arrancando aplausos e incentivos dos estrangeiros. Alguns tentaram imitar. Houve apertos de mão.
No roteiro bolado pelo cineasta Fernando Meirelles, procurado por atores e atrizes do mundo todo para estrelarem o seu próximo filme, seja ele qual for, a preocupação com a natureza esteve sempre presente.
Os atletas ganharam uma muda de árvore, que no futuro será uma floresta. Não faltou nem a velha corneta para os argentinos, que levaram uma vaia básica, mas divertida, quando as delegações começaram a desfilar. Se você duvida que a festa cumpriu seus objetivos, vá até o seu Facebook, Twitter ou Instagram e conte quantas vezes a imagem de Gisele desfilando já foi repetida.
Desta vez, foi gol do Brasil, e não da Alemanha.