Recentemente, a Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) divulgou sua expectativa de medalhas para a Olimpíada. A entidade projeta três pódios entre as piscinas da natação e o mar aberto das maratonas aquáticas. A estimativa é conservadora, ao contrário da agressiva meta do COB para a participação brasileira em todas as modalidades, que prevê de 27 a 30 pódios.
Das piscinas, a CBDA espera duas medalhas. Se transferirmos os resultados brasileiros no Mundial de 2015, que muitos consideraram decepcionante, o objetivo estaria cumprido. Teríamos uma prata de Thiago Pereira nos 200m medley e o bronze de Bruno Fratus nos 50m livre.
Se Kazan serviu como base para a projeção da CBDA, a entidade parece não arriscar uma aposta na recuperação do multicampeão Cesar Cielo, que passa por má fase. Também prefere não confiar em uma medalha vinda de nadadores de alto nível, que se mantêm entre os principais de suas provas, mas não aparecem como favoritos ao pódio. São atletas como Leonardo de Deus, Felipe França, Felipe Lima, Henrique Rodrigues, Guilherme Guido e Etiene Medeiros.
Nas maratonas aquáticas, de novo a inspiração pode ser de Kazan, onde Ana Marcela Cunha foi bronze nos 10km - a distância olímpica. A prova costuma ser imprevisível, há extremo equilíbrio, mas temos condições, sim, de sair com mais pódios. Allan do Carmo foi o principal atleta do mundo no masculino em 2015, e Poliana Okimoto corre por fora, mas pode surpreender.
Há uma dose de vacina embutida na meta da CBDA. Três medalhas não seria um resultado ruim, mas passaria longe de ser o desempenho histórico que se espera do país-sede em uma Olimpíada.
* ZH Esportes