Se tem alguém que pode desfilar por ruas da capital do Rio Grande do Sul em cima de um caminhão de bombeiros erguendo uma medalha de ouro são estes dois: Mayra Aguiar, atleta do judô e natural de Porto Alegre, e Jovane Guissone, atleta paraolímpico da esgrima, natural de Barros Cassal e morador de Esteio. Os dois vivem grande fase em suas modalidades e colecionam bons resultados no início da temporada de 2015.
MAYRA
23 anos
Bronze em Londres 2012 na categoria até 78kg
Posição no ranking: 1º na categoria até 78kg
Resultados em 2015
Pan-Americano de Judô (abril) - Ouro na categoria até 78kg. A judoca estava há oito meses longe dos tatames, desde que foi campeã mundial em 2014. Na final, ela superou a sua rival histórica, a norte-americana Kayla Harrison.
Principal desafio da temporada
Mundial de Judô, que será disputado no mês de agosto.
JOVANE
32 anos
Ouro em Londres 2012 na categoria espada B
Posição no ranking:
2º espada B / 5º florete B
Resultados em 2015
I Copa do Brasil de Esgrima em Cadeira de Rodas (março) - Quatro ouros (espada B / florete B / espada A / por equipe) e uma prata (florete A)
Regional das Américas (abril) - Três ouros (florete B / espada B /
por equipe)
Copa do Mundo, etapa de Montreal (maio) - Dois bronzes (florete B / espada B)
Principal desafio da temporada
Mundial de Esgrima em Cadeira de Rodas, em setembro.
DETALHE ZH: as categorias da esgrima em cadeira de rodas
Classe 1A: atletas sem equilíbrio sentados, com limitações no braço armado, sem extensão eficiente do cotovelo e sem função residual da mão. Nesse caso, é necessário fixar a arma com uma atadura;
Classe 1B: atletas sem equilíbrio sentados, com limitações no braço armado. Detém extensão funcional do cotovelo, mas sem flexão dos dedos. Nesse caso, a arma é fixada com uma bandagem;
Classe 2: atletas com total equilíbrio sentados, com braço armado normal. Paraplegia ou tetraplegia incompleta com sequelas mínimas no braço armado e bom equilíbrio sentado;
Classe 3: atletas com bom equilíbrio sentados, sem suporte de pernas e braço armado normal. Pequenos resquícios de amputação abaixo do joelho ou lesões incompletas, mas com manutenção do equilíbrio;
Classe 4: atletas com bom equilíbrio sentados, com suporte das extremidades superiores e braço armado normal, como lesões abaixo da quarta vértebra da coluna cervical.
Brasil estará 4x presente no revezamento da Olimpíada
O Brasil pode estar longe de ser uma potência nas provas rápidas do atletismo, mas obteve um grande feito no Mundial de Revezamentos: a classificação olímpica para os seus quatro revezamentos. Apenas outros dois países fizeram o mesmo: Jamaica e Estados Unidos, exatamente os que têm maior tradição nesse tipo de prova.
As vagas vieram na segunda edição do Mundial de Revezamentos, criado no ano passado, disputado novamente em Nassau, nas Bahamas, e encerrado na noite de domingo. O Brasil cumpriu a meta inicial, que era avançar para as finais do 4x100 metros e do 4x400 metros tanto no masculino quanto no feminino, e depois o objetivo final: cruzar a linha de chegada sem ser desclassificado.
Mesmo sem nenhum benefício por ser dono da casa, no Rio o Brasil pela primeira vez vai disputar todas as quatro provas de revezamento em uma mesma edição dos Jogos. Com exceção do 4x100 metros masculino, nas demais provas a classificação é apenas a quinta da história. No 4x400 metros masculino, é a primeira em 20 anos.
Atletismo brasileiro
14 medalhas olímpicas
4 ouros, 3 pratas e 7 bronzes foram conquistados desde 1952
6 é o número de medalhas no salto triplo, esporte com mais conquistas
NA PONTA DOS DEDOS
Foto: Yasuyoshi Chiba,AFP
Estudante cega toca maquete que reproduz o Parque Olímpico e Paraolímpico, na Barra da Tijuca, instalada no Instituto Benjamin Constant, que atende crianças com deficiência visual, no Rio de Janeiro. O local receberá provas de tênis de cadeira de rodas, futebol de 5, rúgbi em cadeira de rodas, goalball, natação, ciclismo de pista, basquete de cadeira de rodas, bocha e judô.
*ZHESPORTES