Após ser suspenso com dois jogos por gestos obscenos, Abel Ferreira teve atendido pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) um pedido do Palmeiras para um efeito suspensivo da punição. Assim, o técnico está liberado para comandar o time no Campeonato Brasileiro.
A suspensão da punição é válida até o julgamento do recurso. No entendimento do auditor relator Marco Aurélio Choy, integrante do Pleno do STJD, o recurso sequer poderia ser julgado, caso Abel já cumprisse os dois jogos fora do comando do time.
Choy também destacou que o gesto obsceno feito por Abel e que lhe causou a suspensão aconteceu na Copa do Brasil, competição da qual o Palmeiras já foi eliminado. "(O Palmeiras) já tem importante partida para disputa pelo Campeonato Brasileiro de Futebol, o que caracterizaria o potencial perigo da demora, ensejadora da presente medida", escreveu o relator.
O treinador foi julgado pela 4ª Comissão Disciplinar do STJD nesta quinta-feira (26). Ele foi denunciado no artigo 258 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD), por assumir qualquer conduta contrária à disciplina ou à ética esportiva, como desrespeitar os membros da arbitragem. A pena era de um a seis jogos.
O lance que provocou a expulsão do treinador aconteceu aos 38 minutos do segundo tempo após recomendação do VAR que flagrou Abel apontando para a genitália à beira do campo. O Palmeiras venceu o Flamengo por 1 a 0, mas acabou eliminado por ter sido derrotado no jogo de ida, no Rio, por 2 a 0.
Anderson Daronco, árbitro do jogo, justificou a expulsão de Abel como gesto obsceno contra a decisão do juiz. À época, o comandante palmeirense afirmou que o ato não foi direcionado à equipe de arbitragem.
Neste sábado, o clube terá pela frente o confronto com o Atlético-MG no estádio Brinco de Ouro, em Campinas. O Palmeiras luta pelo título e está a três pontos do líder Botafogo (53 a 50).