Lewis Hamilton, vencedor há duas semanas em Silvertone, e a Mercedes, que vem de duas vitórias consecutivas, esperam manter a sequência de vitórias neste fim de semana no Grande Prêmio de Fórmula 1 da Hungria, no circuito de Hungaroring.
Depois de mais de dois anos de vários problemas e domínio absoluto da Red Bull, Hamilton reencontrou a vitória em casa, depois de não conseguir subir ao topo do pódio desde dezembro de 2021 (GP da Arábia Saudita).
O heptacampeão mundial tentará aumentar para nove o seu recorde de vitórias na pista húngara (2007, 2009, 2012, 2013, 2016, 2018, 2019 e 2020).
"Adoro a Hungria e estou ansioso para correr lá. A sequência que temos agora e o fato de o carro estar cada vez mais competitivo faz eu me sentir muito confiante", declarou antes de chegar a Hungaroring o piloto inglês, que neste fim de semana tem a possibilidade de alcançar seu 200º pódio na carreira.
- Mais concorrência -
Para além das aspirações pessoais do piloto veterano de 39 anos, as duas vitórias consecutivas da Mercedes (na Áustria venceu com seu outro piloto, George Russell) deram uma nova dimensão ao Mundial de Fórmula 1, com o domínio da Red Bull colocado em questão devido às melhorias da escuderia alemã, que se junta ao bom momento da McLaren, apesar da dificuldade de traduzir isso em vitórias, e da Ferrari, que também luta para manter sua cota de protagonismo.
Apesar de tudo, o holandês Max Verstappen e a Red Bull aparecem como grandes favoritos à vitória no próximo domingo, numa pista onde venceram nos últimos dois anos.
"O ano passado foi brilhante. Tenho boas lembranças de correr aqui e no ano passado alcançamos a 12ª vitória consecutiva. Espero que possamos fazer uma boa corrida novamente", declarou o holandês tricampeão mundial.
- Metade do Mundial -
Verstappen lidera o Mundial de pilotos com 84 pontos à frente do britânico Lando Norris (McLaren) na metade do campeonato (255 pontos a 171). O GP da Hungria será a 13ª corrida das 24 programadas para 2024.
O dono da Red Bull, Christian Horner, espera uma luta acirrada na pista húngara. "Vai ser interessante ver como nos comportaremos aqui. Pode estar muito quente e acho que serão os habituais os mais rápidos novamente. Será muito, muito equilibrado."
"Tivemos bons resultados na Áustria e em Silverstone, mas ainda não temos carro para lutar pela vitória todos os fins de semana", admitiu o homólogo da Mercedes, Toto Wolff.
O Grande Prêmio da Hungria será o penúltimo antes das férias de verão, com o GP da Bélgica em Spa-Francorchamps uma semana depois, uma oportunidade de ouro para Verstappen e a Red Bull de desferir um golpe quase definitivo no campeonato.
- Pérez sob pressão -
Isso também significa maior pressão para o mexicano Sergio Pérez, segundo piloto da equipe austríaca, que não faz uma boa primeira parte do campeonato (é sexto na classificação, sem nenhuma vitória e 137 pontos atrás do companheiro holandês), mas a Red Bull precisa de seus pontos para também vencer o campeonato de construtores.
Desde que 'Checo' Pérez assinou a renovação no início de junho, o mexicano somou apenas 15 pontos em seis corridas.
No Mundial de Construtores, a Red Bull lidera com 373 pontos, seguida de perto pela Ferrari (302) e pela McLaren (295), sem excluir a Mercedes da luta pelo pódio depois dos bons resultados recentes (221).
A Ferrari também precisa reagir e conseguir bons resultados. O monegasco Charles Leclerc (3º no Mundial com 150 pontos) somou apenas 12 pontos nas quatro corridas após a brilhante vitória em Mônaco e o espanhol Carlos Sainz (4º com 146 pontos) tem sido um pouco mais constante, mas sua vitória na Austrália (na terceira corrida do ano) já começa a ficar longe.
* AFP