Responsável por três das 21 medalhas conquistadas pelo País nos Jogos Olímpicos de Tóquio (todas de prata), a confiança de que o skate brasileiro volte a brilhar em Paris-2024 é grande e o presidente da Confederação Brasileira de Skateboarding (CBSk), Eduardo Musa, aposta que mais uma vez conseguirá levar 12 representantes para a competição - são 23 atletas buscando vaga. A definição ocorre entre os dias 18 e 23 de junho no Olympic Qualifier Series (OQS), em Budapeste, na Hungria, última etapa do classificatório e com pontuação bem alta aos melhores.
Dos 44 atletas que continuam na disputa mundial pelas vagas em cada modalidade, street e park, hoje o Brasil teria as 12 vagas preenchidas. Assim como nos Jogos de Tóquio, serão 22 representantes em cada modalidade, tanto no masculino quanto no feminino. Ocorre que não basta terminar entre os 22 melhores pois todos os continentes devem ter ao menos um atleta, que poderá se garantir abaixo na posição exigida. A briga promete ser grande pelo fato de o OQS distribuir 260 mil pontos ao ganhador no street e 210 mil no Park.
Os cinco melhores do ranking se garantem automaticamente, o que já garantia, hoje, vaga para Rayssa Leal, bronze em Tóquio, no street feminino (lidera com 457.465 pontos) e para Augusto Akio no Park masculino (é o 5º com 202.116).
Nesta última parte de Pré-Olímpico, o Brasil terá 23 representantes, com Dora Varella, Isadora Pacheco, Fernanda Tonissi, Raicca Ventura e Yndiara Asp no park feminino, além de Akio, Luigi Cini, Murilo Peres, Pedro Barros, Pedro Carvalho e Pedro Quintas no masculino.
Já no street, os brasileiros em busca da vaga são Gabriela Mazetto, Isabelly Ávila, Kemily Suiara, Marina Gabriela, Pâmela Rosa e Rayssa no feminino, e Felipe Gustavo, Filipe Mota, Gabryel Aguilar, Giovanni Vianna, Lucas Rabelo e Kelvin Hoefler no masculino.
— Nosso primeiro grande objetivo é classificar o limite máximo por país de 12 skatistas para Paris, repetindo a escrita de Tóquio. Estamos muito perto de alcançar esse número, mas são as disputas em Budapeste que vão definir isso. Em Xangai, tivemos sete finalistas e o título da Rayssa. Mais uma vez, vamos oferecer a melhor estrutura que pudermos para que os brasileiros possam desempenhar seu melhor dentro da pista — destacou Eduardo Musa, presidente da CBSk.
Além de Rayssa, Pâmela Rosa está perto de sua segunda olimpíada ao ocupar o 13º lugar no geral (89.638 pontos), seguida de perto por Gabi Mazetto (16ª com 63.211). Kemily Suiara (35ª, com 12.387), Isabelly Ávila (36ª, 11.574) e Marina Gabriela (40ª, 10.998) têm chances remotas.
No street masculino, Felipe Gustavo aparece em 22º com 66.328 pontos e hoje o último a representar o País, mas correndo riscos e precisando ir bem em Budapeste. Já Giovanni Vianna (10º, 149.962) e Kelvin Hoefler (16º, 92.969), prata em Tóquio, não devem ter problemas para se garantir. Gabryel Aguillar, 26º (38.254) aparece a seguir, com Filipe Mota em 32º (23.162) e Lucas Rabelo em 37º (14.557).
Já no park, a situação dos brasileiros na corrida olímpica parece mais tranquila. Augusto Akio (5º), Pedro Barros (6º, 201.272) e Luigi Cini (8º, 188.676), estão bem posicionados, enquanto Pedro Quintas (15º, 73.909), Pedro Carvalho (19º, 52.172) e Murilo Peres (24º, 24.879) ainda sonham com vaga.
Por fim, no feminino, Raicca Ventura está em sétimo (147.397), na frente de Isadora Pacheco (139.386), com Dora Varella aparecendo em 10º (137.262). Yndiara Asp, em 18ª (53.719) e Fernanda Tonissi, 36ª (10.059), têm chances remotas, mas como a etapa tem incrível pontuação, continuam na briga.