Com a vaga assegurada nos Jogos Olímpicos de Paris, Nathalie Moellhausen conquistou neste domingo (10) a medalha de bronze do Grand Prix de Budapeste, na Hungria, na arma espada. Campeã mundial em 2019, a esgrimista ítalo brasileira é a oitava colocada do ranking mundial da Federação Internacional de Esgrima (FIE).
Na Hungria, Nathalie iniciou sua trajetória no quadro principal, sem precisar passar por pules e quadros preliminares. Estreou vencendo a norte-americana Margherita Guzzi Vincenti, 39 do mundo, por 7 a 6. Na sequência, passou pela italiana Federica Isola, 25ª do ranking, por 11 a 10. Seu desafio seguinte foi contra a russa Iana Bekmurzova, 95ª do mundo, com triunfo por 15 a 13.
A espadista brasileira teve um teste de fogo nas quartas de final, ao enfrentar Vivian Kong Man Wai, de Hong Kong, que é a número 1 do mundo. A asiática manteve-se na frente do placar até o último tempo, quando Nathalie conseguiu a virada e garantiu a presença no pódio ao marcar 13 a 12.
O confronto de semifinal foi contra a húngara Eszter Muhari, atual 24ª do mundo. A brasileira saiu na frente, mas a atleta da casa conseguiu o empate ainda no primeiro tempo. No segundo, Nathalie Moellhausen conseguiu abrir dois pontos de vantagem, mas sofreu a virada. Muhari ainda ampliou no terceiro tempo, sem dar chances para a reação, fechando em 15 a 12. Com a derrota, a brasileira ficou com o bronze.
— Hoje foi realmente um grande dia para mim. Estou muito emocionada. Conseguir esse resultado aqui em Budapeste foi muito representativo para mim, pois em 2019 ganhei o Mundial aqui. Apesar de saber que estava classificada para os Jogos Olímpicos há dois dias, por questões de pontuação, meu sonho era poder ir até o final e conquistar essa classificação. Quero agradecer a Confederação Brasileira, que está me apoiando, a todos os esgrimistas brasileiros, a todos os brasileiros, ao meu clube, o Pinheiros, e a todos que estão comigo na sombra e na luz para me acompanhar até Paris 2024— disse a esgrimista de 38 anos, que nasceu na Itália, mas compete pelo Brasil desde os Jogos do Rio em 2016.
A final acabou sendo caseira e Anna Kun levou a melhor sobre Eszter Muhari, garantindo a medalha de ouro. A francesa Marie-Florence Candassamy também levou um bronze.