Entre estreantes e veteranos ou crianças e adultos, o Poa Skate Jam reuniu diferentes gerações de skatistas neste sábado (9), na pista da Orla do Guaíba, em Porto Alegre. Homologada pela Federação Gaúcha de Skate, a competição teve início às 11h e focou na modalidade park, que combina obstáculos encontrados nas ruas, mas dentro de uma piscina de concreto (bowl).
O evento promoveu disputas nas categorias infantil (até oito anos), mirim (até 12), iniciante (até 16), amador e old school - dividida em master (idade mínima de 30 anos), grand master (a partir de 40 anos), legend (45 anos), grand legend (50 anos) e vintage (55 anos), com modalidades masculina e feminina.
Entre os participantes veteranos, estava Bayard Feltes, 62 anos, que competiu na categoria vintage. Morador de Novo Hamburgo, o médico imunologista completará 50 anos de skate no ano que vem.
Para ele, o esporte vive um momento muito forte, especialmente pela incursão nas Olimpíadas. Feltes se sente feliz por ser um dos precursores do skate no Estado e poder andar ainda.
— Pelo fato de poder estar convivendo com amigos mais jovens e da minha idade, esses eventos fazem com que a gente não pare. Um puxa o outro. Todo mundo se elogia, se põe para cima. Normalmente, os campeonatos de skate têm um clima muito amistoso — observa.
Outro médico que competiu na categoria vintage foi o obstetra Lucas Teixeira, 59 anos, de Porto Alegre. Integrante da organização do Poa Skate Jam, ele vê o evento como uma oportunidade para agregar novos valores do skate, além de incentivar quem já escreveu muita história em cima da madeira.
— As pessoas amam muito o skate em todos os segmentos da sociedade. É algo que integra e a gente se diverte. Basicamente, celebramos a amizade aqui — diz Teixeira.
Entre seus mais de 50 inscritos, o Poa Skate Jam serviu de estreia em competições para alguns participantes. Era o caso da porto-alegrense Catarina Porto Padilla, 13 anos, que competiu na categoria iniciante.
Catarina começou a praticar este ano, inspirada por seu pai. Competiu em um skate simulador de surfe (com shape similar a uma prancha), formato confortável para ela, pois surfa. Estava ansiosa inicialmente, mas logo se tranquilizou.
— Gostei bastante. Estava nervosa porque não sabia como ia ser, porque eu ando de simulador. Foi como se fosse andando em casa mesmo, fiz a linha que sempre faço — relata.
O estreante mais jovem do dia era Leo Lewin, quatro anos, cujo parto foi realizado por Teixeira. Com a devida proteção e acompanhamento de seu professor de skate, o pequeno competiu na categoria infantil.
Segundo a mãe, Elaine Sabka, Leo começou a se interessar por skate logo aos dois anos, quando sua babá o levava à pista do IAPI. Na praça, o pequeno se entusiasmava observando os skatistas. Então, começou a fazer aulas de skate.
— Ele gosta mesmo de vir na Orla e ver os amigos grandes e pequenos. Está aprendendo, é tudo muito lúdico para o Leo. Vai aprimorando aos pouquinhos. Ele adorou a competição, tanto que queria andar mais. Achei o máximo vê-lo participar e fazer amizades — conta orgulhosamente a mãe.