A Espanha chegou pela primeira vez na história à final da Copa do Mundo feminina, ao vencer a Suécia por 2 a 1 nesta terça-feira (15), em Auckland (Nova Zelândia).
A atacante Salma Paralluelo abriu o placar para as espanholas no minuto 81 batendo de primeira após cruzamento de Jennifer Hermoso.
Rebecka Blomqvist empatou aos 88 para a Suécia, mas no minuto seguinte Olga Carmona acertou belo chute de fora para dar a vitória à Espanha, que agora espera a seleção vencedora da outra semifinal, entre Inglaterra e Austrália, que será disputada na quarta-feira em Sydney.
A 'Roja' chega à final do Mundial com uma grande campanha até aqui, deixando pelo caminho adversárias como Holanda e Suécia, que chegaram ao torneio como favoritas ao título.
Alexia Putellas e Aitana Bonmatí, as principais jogadoras da Espanha, começaram a partida na equipe titular, algo que pouco aconteceu na Copa porque Alexia ainda se recupera de uma grave lesão no joelho.
No entanto, a principal arma do técnico Jorge Vilda voltou a ser Teresa Abelleira, que cadenciava o jogo e dava ritmo ao meio-campo da equipe.
"Agora podemos falar sobre um grande espírito de equipe. Estamos nos unindo para atingir o objetivo, o que estamos vivendo é muito bonito. Crescemos muito e estamos na final", comemorou Abelleira após o jogo.
A organizada defesa sueca, comandada por Amanda Ilestedt e Magdalena Eriksson, impedia as triangulações ofensivas do time espanhol, enquanto Stina Blackstenius e Kosovare Asllani levavam perigo no ataque.
A marcação individual de Filippa Angeldal era implacável sobre Alexia, que praticamente não teve espaço durante a partida.
Assim, a geração de ações ofensivas recaiu sobre Bonmatí.
A Espanha teve mais posse de bola ao longo do primeiro tempo, mas terminou pressionada ao conceder dois escanteios consecutivos, uma das armas mais letais da Suécia.
Após um início mais lento na segunda etapa, Vilda substituiu Alexia por Paralluelo, que deu mais velocidade ao ataque espanhol.
No entanto, as suecas continuavam mais soltas no ataque, enquanto a Espanha tentava manter seu estilo de posse de bola e troca de passes.
E quando parecia que o jogo ia para a prorrogação, saíram os três gols que definiram o duelo a favor das espanholas, que conseguiram uma classificação histórica para a final.
"É algo muito merecido para todo o futebol espanhol, para todas as pessoas que trabalharam durante tantos anos", disse Vilda na entrevista coletiva pós-jogo.
* AFP