O julgamento de Jarro Pedroso, suspeito de manipulação no Gauchão 2023, foi adiado. Conforme o advogado Diogo Rodrigues, o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) aceitou o pedido de um prazo maior para formulação da defesa. O edital de intimação foi publicado em 17 de março, cinco dias antes da audiência, que estava marcada para esta segunda-feira (22), às 16h.
Ainda não há uma nova data prevista para a realização do julgamento do jogador. Conforme os protocolos do Tribunal, quando ocorre um adiamento, a nova audiência é realizada na reunião seguinte da comissão disciplinar em que estava marcado. Neste caso, é a 4ª Comissão Disciplinar Desportiva do TJD-RS. A procuradoria, porém, solicitou a suspensão preventiva de Jarro.
O atacante, que atuava pelo São Luiz, admitiu ter cometido um pênalti na partida contra o Caxias, pelo Gauchão, conforme acordado com apostadores. Em contato com GZH, o jogador afirmou que tomou tal atitude pois estava sob ameaça.
— Eu realmente fiz o pênalti porque fui ameaçado, não foi por dinheiro. No dia do jogo, os caras me ligaram por vídeo e falaram que só faltava eu. Que eu tinha que fazer ou ia dar ruim. Do mesmo jeito que chegaram em mim, poderiam chegar na minha família também. Eu me senti acuado, não tinha o que fazer. Então, eu fui lá e fiz o pênalti. Tinha ainda que tomar um cartão, mas eu não tomei — disse Jarro.
O atleta foi enquadrado no artigo 243, § 1º, do Código Brasileiro de Justiça Desportiva: "Atuar, deliberadamente, de modo prejudicial à equipe que defende". A suspensão prevista no artigo é de 360 a 720 dias e banimento no caso de reincidência, além de multa, de R$ 100 a R$ 100 mil.
Pelo mesmo motivo, o jogador Nikolas Farias, que disputou o Gauchão pelo Novo Hamburgo, também será julgado no TJD-RS. A sua audiência, porém, está confirmada para esta segunda.