Com a deflagração da Operação Penalidade Máxima, que investiga um esquema de fraudes em apostas esportivas pelo Ministério Público de Goiás, os termos utilizados pelos sites especializados ficaram ainda mais em evidência. Odds refletem a probabilidade de cada evento acontecer. All in significa arriscar todos os recursos em um único resultado.
Mas e as apostas múltiplas? A prática foi usada pelo grupo de criminosos responsáveis por manipular partidas das Séries A e B do Brasileirão, além dos Estaduais. Isso porque elas permitem uma maior rentabilidade.
Após aliciar jogadores mediante pagamento de propina, eles apostavam em uma série de possibilidades — seja cartões amarelos, cartões vermelhos ou pênaltis, por exemplo — ou em jogos diferentes, mas de forma combinada.
Esse tipo de jogada aumenta o percentual de lucro, ao mesmo tempo em que maximiza os riscos de fracasso. No esquema denunciado pelo MP-GO, as apostas eram realizadas com a criação de diversas contas. O intuito era ocultar a identidade dos verdadeiros beneficiários.
Os intermediários tinham como função fornecer e realizar contatos de atletas dispostos a praticar as corrupções. As ofertas variavam entre R$ 50 mil e R$ 500 mil. Para executar a ação desejada, os alvos recebiam adiantamentos.
Oito jogadores suspensos preventivamente
O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) determinou a suspensão preventiva de oito jogadores envolvidos na Operação Penalidade Máxima, deflagrada pelo MP-GO. A decisão do presidente Otávio Noronha tem validade de 30 dias. Entre os atletas punidos estão o zagueiro Eduardo Bauermann, do Santos. Também aparecem os nomes de Paulo Miranda e Tota, que atuavam no Juventude nas partidas sob suspeição.
Dos oito, seis foram indiciados pelo MP-GO. Outros dois, o zagueiro Kevin Lomónaco, do Bragantino, e o lateral Moraes (ex-Juventude) confessaram fazer parte do esquema e se tornaram testemunhas no caso. Ao todo, o MP denunciou 15 atletas citados na Operação Penalidade Máxima.