Em frente ao hospital Albert Einstein, no bairro Morumbi, em São Paulo, torcedores fazem vigília em homenagem a Pelé. O corpo do ex-jogador, que morreu quinta (29), seguirá no local até segunda (2), quando segue para Santos, onde será velado na Vila Belmiro.
Apesar da movimentação tranquila, a segurança no entorno do hospital foi reforçada pela Polícia Militar de São Paulo. Além dos seguranças do próprio hospital, destaca-se também a presença de seis viaturas da polícia estadual. Não há qualquer sinalização de problemas nos arredores, mas por garantia as forças seguem de prontidão.
Dois torcedores tentaram acessar o local, mas foram impedidos por funcionários do Albert Einstein. Desta forma, aproveitaram o outro lado da rua para fazer homenagem ao ídolo, pendurando faixas, cartazes e bandeiras do Brasil.
O primeiro a chegar foi Antonio da Paz, 67 anos. Morador de Santo André, na região metropolitana de São Paulo, o flamenguista nutre carinho pelos feitos de Pelé. Ele chegou pelas 5h da manhã desta sexta para tentar dar adeus ao maior atleta brasileiro do último século.
— Ele era o cara do Brasil. Sem Pelé, o Brasil não existiria. Edson Arantes do Nascimento se foi, mas o Pelé fica eternamente — resumiu o fã.
Já o santista Renato Souza dos Santos chegou às 6h. Depois de ter visto o craque em ação, ele busca o último contato à distância com o ídolo.
— Os seguranças não deixaram entrar, então vou para Santos me despedir. Eu ia em todos os jogos do Pelé. Tenho 68 anos. Estive no Pacaembu, no Morumbi e na Vila. Vai deixar saudades no país todo — destacou.
Além dos pacientes e familiares que precisam acessar o hospital, jornalistas marcam presença no pátio. São quase 50 profissionais de emissoras do Brasil e Exterior no local.
O corpo de Pelé seguirá na capital paulista até a madrugada de segunda (2), quando será levado para a Vila Belmiro. O velório ocorrerá por 24h. O sepultamento está previsto para o final da manhã de terça (3).