Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe. É quase impossível falar algum nome separado nessa lista — a não ser, claro, Pelé. A linha ofensiva do Santos marcou época nos anos 1960, um dos ataques mais poderosos da história do futebol. Essa lista de cinco atletas conta com dois "gaúchos": Dorval e Mengálvio.
As aspas são necessárias porque Mengálvio não nasceu, de fato, no Rio Grande do Sul, apesar de ter feito parte de sua carreira por aqui. O local onde veio ao mundo foi Laguna, em Santa Catarina, mas foi com a camisa do Aimoré que chamou a atenção do Santos. Em 1959, ajudou o time de São Leopoldo a ser vice-campeão gaúcho.
Logo depois, graças a seu destaque no Vale do Sinos, foi levado para o maior time do mundo. Como meia, fez parte do quinteto. De Santos, onde ainda mora aos 83 anos, lamentou a morte de Pelé: "Não acredito que você se foi, negão! Hoje não é só o futebol que está de luto e sim o MUNDO todo! Agradeço a Deus por ter sido privilegiado em te conhecer como pessoa, de jogar e fazer uma linda história no futebol com você, meu grande amigo. Negão, você estará sempre em minha memória e coração! A imagem que guardarei de você será igual essa acima, sorrindo e feliz. Descanse em paz, Rei".
Dorval, sim, era gaúcho de nascimento e criação. Natural de Porto Alegre, não chegou a ser profissional da dupla Gre-Nal. Ele saiu do Força e Luz para o Santos. Seu nome, na ponta direita, abria a linha ofensiva famosa. Em 612 jogos pelo Santos, marcou 198 gols. Morreu em setembro de 2021 aos 86 anos. Pelé, quando de sua morte, afirmou que Dorval tinha sido "o melhor ponta-direita que conheceu".
O quinteto atuou 99 vezes como titular entre 1960 e 1966. O Memorial do Santos contabiliza 71 vitórias, nove empates e 19 derrotas, com 327 gols marcados e 158 sofridos. Dos 327, 295 foram feitos por um dos cinco: Dorval, Mengálvio, Coutinho, Pelé e Pepe.
