A CBF anunciou mudanças no sistema de classificação para a Copa do Brasil de 2024. A entidade descartou o ranking nacional de clubes e passou para os os ampeonatos estaduais a referência para preencher 80 das futuras 92 vagas para o torneio da próxima temporada.
As novidades foram anunciadas no regulamento da Copa do Brasil de 2023, publicado na noite de segunda-feira (26). Se o sistema de classificação para a próxima temporada conta com três critérios, o processo de 2024 contará com apenas dois para o ano seguinte. O primeiro não sofreu alteração e trata das 12 vagas a serem concedidas aos clubes que se classificarem para a Copa Libertadores e para aqueles que se sagrarem campeões da Série B, da Copa do Nordeste e da Copa Verde, complementando esta lista de 12 times com equipes do Brasileirão, respeitando a ordem de classificação.
A grande novidade está no segundo critério. Até a edição de 2023, 70 clubes classificados com base nos Estaduais de 2022. Havia ainda um terceiro critério, reservando 10 vagas para equipes a se classificarem para a Copa do Brasil via ranking nacional de clubes.
Com a mudança, o segundo e o terceiro critérios foram unidos em apenas um, excluindo a parte do ranking dos clubes. Assim, 80 vagas serão definidas a partir dos estaduais. E a distribuição de vagas por estado vai respeitar o ranking nacional das federações.
Desta forma, São Paulo e Rio de Janeiro, que são as duas primeiras colocadas na lista das federações, terão seis vagas na competição nacional. Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná terão cinco times cada, enquanto Ceará, Goiás, Santa Catarina, Bahia, Pernambuco, Alagoas, Mato Grosso, Pará e Maranhão vão contar com têm três vagas. Os demais estados terão apenas duas.
Com a medida, a CBF fortalece os campeonatos estaduais e também as próprias federações, que ganharam maior autonomia para definir os times classificados por meio dos novos critérios. Pelas regras, nos Estados com apenas duas vagas, estas deverão ser reservadas automaticamente para os dois melhores times do respectivo estadual.
A partir do aumento destas vagas, em cada federação há a liberdade de escolher até três times que não sejam os melhores do Estadual, a critério de cada entidade local. As federações poderão até criar torneios seletivos especificamente para dar vaga na Copa do Brasil, desde que estas competições sejam reconhecidas pela CBF.