A tenista Simona Halep, ex-número 1 do mundo e atual nona colocada do ranking da WTA, foi suspensa preventivamente pela Agência Internacional de Integridade do Tênis por doping, conforme anunciado pela entidade nesta sexta-feira (21). A suspensão foi determinada após o exame coletado durante a disputa do Aberto dos Estados Unidos indicar que a romena de 31 anos fez uso da substância proibida Roxadustat. Em comunicado publicado em suas redes sociais, ela negou que tenha feito o uso da substância.
— Hoje começa o jogo mais difícil da minha vida: uma luta pela verdade. Fui notificada de que testei positivo para uma substância chamada Roxadustat em uma quantidade extremamente baixa, o que foi o maior choque da minha vida. Durante toda a minha carreira, a ideia de trapacear sequer passou pela minha cabeça, pois é totalmente contrária aos meus valores — escreveu.
A Roxadustat é um medicamento anti-anemia aumenta a produção endógena de eritropoietina e estimula a produção de hemoglobina e glóbulos vermelhos.
— Encarando essa situação tão injusta, sinto-me completamente confusa e traída. Vou lutar até o fim para provar que nunca usei sabidamente nenhuma substância proibida. Tenho fé que cedo ou tarde a verdade vai aparecer. Não é sobre títulos ou dinheiro, é sobre honra e sobre amor à história que desenvolvi no tênis nos últimos 25 anos — concluiu a dona de 24 títulos, sendo dois de Grand Slam.
Halep foi eliminada do major americano, no qual entrou como cabeça de chave número 7 ainda na primeira rodada, derrotada pela ucraniana Daria Snigur. Na atual temporada, conquistou dois títulos. Campeã do WTA 250 de Melbourne em janeiro, voltou a erguer uma taça no WTA 1000 de Toronto, em agosto, quando venceu a brasileira Beatriz Haddad Maia na grande final.
O Aberto dos EUA foi o último torneio do qual Halep participou. Após a disputa, em setembro, anunciou que tiraria o resto da temporada para se recuperar de uma cirurgia que fez no nariz para melhorar a respiração. Um dos principais nomes do tênis nos últimos anos, a romena alcançou o posto de número 1 do mundo em 2017 e foi campeã de Wimbledon em 2019 e de Roland Garros em 2018.