O centroavante Gonzalo Higuaín anunciou nesta segunda-feira (3) a sua aposentadoria aos 34 anos. O argentino vinha defendendo a Inter de Miami, que disputa a Major League Soccer (MLS), dos Estados Unidos, desde 2020. Ele atuará apenas até o final da atual temporada da liga norte-americana.
— Depois de 17 anos e meio de carreira profissional, da mais maravilhosa carreira que pude fazer, sinto que o futebol me deu muitíssimo. Dei tudo de mim e mais. Agradeço aos que confiaram em mim, mas chegou o momento de dizer adeus. É hora de dizer adeus para uma profissão que muito me deu, na qual me sinto um privilegiado de ter vivido tantos momentos bons e outros não tão bons — declarou o argentino em seu pronunciamento.
Higuaín foi formado no River Plate e chegou ao Real Madrid quando tinha apenas 19 anos em uma negociação no valor de 12 milhões de euros. Seu maior sucesso na Europa, porém, foi na Itália. Pelo Napoli, bateu o recorde histórico de gols em uma edição do Campeonato Italiano ao balançar as redes 36 vezes na temporada 2015/16. Em julho de 2016, o argentino foi negociado para a Juventus por 90 milhões de euros. Em Turim, foi três vezes campeão italiano.
Se nos clubes construiu uma trajetória de sucesso, Higuaín ficou marcado pelo mau desempenho em finais com a camisa da seleção argentina. O centroavante teve erros em definições nas decisões perdidas pelos argentinos na Copa do Mundo de 2014, para a Alemanha, e de duas Copas América, 2015 e 2016, ambas para o Chile.
Em março deste ano, o centroavante fez uma reflexão sobre as dificuldades que teve por conta das críticas e piadas que sofreu tanto da imprensa quanto de torcedores nas redes sociais em razão desses erros pela seleção.
— As pessoas não fazem ideia do que é um jogador de futebol. Elas acham que jogamos futebol e pronto. Temos um pai, uma mãe, assim como vocês. E temos os mesmos problemas que todos os outros têm — afirmou o jogador, que contou ter precisado fazer terapia para superar o mau momento.