Aos 31 anos, a gaúcha Lediane Marcolan, a "Tampa", vai para sua segunda temporada consecutiva no futsal italiano. Contratada pelo Tikitaka Planet no início de 2022, a ala teve seu contrato renovado para o período europeu que começa neste domingo (18). O time dela estreia na Liga Italiana contra o Vis Fondi, em Pescara.
Esta é a terceira experiência dela na Itália. Antes do Tikitaka, atuou no Ternana, em 2019. Mas o difícil foi a primeira experiência, no Pescara, entre 2017 e 2018. Lá, ficou 10 meses e só recebeu salário em quatro. O time decretou falência no meio da temporada e foi preciso acionar na justiça para receber o que tinham direito.
— Eles não deixavam as jogadoras sair e nos faziam jogar mesmo lesionadas, com infiltrações no joelho, por exemplo — relatou Tampa.
Nascida em Constantina, região norte do Rio Grande do Sul, distante 360 quilômetros de Porto Alegre, "Tampa" começou a jogar em escolinhas com 12 anos. Em 2007, iniciou a carreira profissional no Female, de Chapecó-SC, clube que defendeu por nove anos. Neste período, chegou, inclusive, a Seleção Brasileira. Também jogou no Leoas da Serra, de Lages-SC, por três períodos diferentes. Num deles conquistou a Libertadores da América.
— Voltar para o Leoas e ficar por algum tempo foi incrível. No Female, foi onde eu aprendi tudo, mas no Leoas foi onde eu vivi o algo a mais. O futsal já estava numa crescente. Então, vivemos uma maior competitividade e contribuímos com o crescimento do cenário. Consegui crescer muito com isso — finalizou a jogadora.
Tampa
O apelido surgiu aos 12 anos, quando ainda jogava em Constantina. Como atuava junto com os adultos, o treinador começou a chamá-la de "Tampinha" e, como seus pais não gostaram, acabou pegando.
No Tikitaka, "Tampa" não será a única brasileira. Além dela, tem outra gaúcha: a ala Adriele Berté, de Nova Bréscia, no Vale do Taquari. A técnica é catarinense de São Miguel do Oeste: Cely Gayardo. Também de Santa Catarina é a capitã do time, a ala Débora Vanin. E do Paraná tem a goleira curitibana Duda.