O zagueiro David Luiz, do Flamengo, está com suspeita de hepatite viral e será submetido a exames médicos pelo clube até esta sexta-feira (26) para avaliar o seu real quadro de saúde. A informação foi divulgada originalmente pelo GE e confirmada pelo Estadão.
O jogador de 35 anos foi substituído no intervalo da vitória por 3 a 1 sobre o São Paulo, na noite de quarta-feira (24), pelo jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. A expectativa é de que o Flamengo se manifeste oficialmente somente após o resultado dos exames. Tanto os jogadores quanto a comissão técnica receberam folga nesta quinta-feira (25) e se reapresentam somente na sexta.
A preocupação dos torcedores do Flamengo sobre o estado de saúde de David Luiz começou ainda com a bola rolando. Durante a transmissão da partida na TV Globo, o repórter Eric Faria contou que o jogador o confidenciou que havia deixado o jogo por causa de um "problema mais sério". Segundo a assessoria do clube carioca, o atleta saiu "muito cansado" da partida, afirmando que "não estava se sentindo bem".
Caso o problema se confirme, David Luiz deve desfalcar o Flamengo por tempo indeterminado, correndo o risco de perder uma eventual final da Copa do Brasil, marcada para o dia 19 de outubro. Fabrício Bruno, ex-Red Bull Bragantino, deve assumir a vaga de titular ao lado de Léo Pereira.
O QUE É HEPATITE VIRAL?
De acordo com o Ministério da Saúde, a hepatite viral é uma inflamação que atinge o fígado, podendo causar alterações leves e até graves. Na maioria dos casos, a infecção ocorre de forma silenciosa, sem a presença de sintomas, mas eles também podem se manifestar das seguintes formas: cansaço, febre, mal-estar, tontura, enjoo, vômitos, dor abdominal, pele e olhos amarelados, urina escura e fezes claras.
As hepatites virais mais comuns no País são causadas pelos vírus A, B e C - diferentemente da hepatite autoimune, que vitimou a jogadora de futsal Pietra Medeiros, do Taboão Magnus, que ocorre quando o próprio organismo ataca o órgão. Existem ainda, com menor frequência, o vírus da hepatite D, e o vírus da hepatite E, que é menos frequente no Brasil.
O avanço da hepatite compromete o fígado sendo causa de fibrose avançada ou de cirrose, que podem levar ao desenvolvimento de câncer e necessidade de transplante do órgão.