Jogador do Inter há pouco mais de dois meses, o atacante Wanderson chegou ao Beira-Rio para suprir a necessidade de ser o ponta que o clube procurava. O atacante é o convidado de estreia do podcast Paredão do Guerrinha. Em um bate-papo descontraído com Adroaldo Guerra Filho, o atleta de 27 anos fala sobre a carreira e a vida fora de campo.
Filho de pais brasileiros, o jogador nasceu na Bélgica, já defendeu a seleção de base do país e fala seis idiomas. Desde 2017, Wanderson estava no Krasnodar, da Rússia, mas teve o contrato suspenso por conta da guerra com a Ucrânia. Com vontade de jogar no Brasil, em março, chegou ao Inter por empréstimo até o final do ano. Veja alguns trechos da entrevista:
Estavas na Rússia e vieste para o Inter por empréstimo, por conta da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Tens notícias dos teus amigos que estão lá? O que pensas sobre o teu futuro imediato?
Tenho muitos amigos na Rússia. Tenho contato quase diariamente com eles. Mas a situação lá está um pouco complicada. Quando eu saí do Krasnodar, o campeonato ainda estava em andamento, não teve pausa por causa da guerra. Há pouco tempo o campeonato acabou, com o Zenit campeão. Eu estou muito feliz no Inter, em Porto Alegre, e espero ficar aqui. Espero conquistar muitas coisas, mas isso não depende só de mim.
Antes de acertar com o Inter, estavas "namorando" com dois outros brasileiros. Por que escolheu o Beira-Rio?
A transparência na hora da negociação. No momento que eu saí da Rússia, nos primeiros momentos, não queria ter contato com futebol, queria ficar com a minha família. Vivi momentos de tensão na Rússia, porque estava sozinho. Meu irmão me falou da transparência que o Inter mostrou, do projeto apresentado. Fiquei bem curioso em conhecer as pessoas. Tivemos várias conversas, com o presidente, o treinador, que me falou da forma que o Internacional gostaria de jogar. Eu vi que era um grande clube, um clube que necessita de títulos. Eu tinha um sonho de jogar no Brasil, mas quero conquistar títulos também.
És belga e já defendeu a seleção de base do país. Já passou pela tua cabeça o sonho de ir ao fundo, cruzar e o Lukaku colocar a bola para dentro?
Lukaku é um grande amigo meu (risos). Cresceu comigo e com meus irmãos na Bélgica. O pai dele também jogou com meu pai. A gente sempre teve essa convivência junto. Até hoje temos esse contato. Estou muito feliz pela carreira que ele está fazendo.
O Paredão do Guerrinha tem episódio inédito todo sábado. Além disso, toda quinta-feira será disponibilizado o #tbt do Paredão do Guerrinha, com a reprise de conversas que foram ao ar nos oito anos do programa. O podcast pode ser acessado pelas principais plataformas de áudio, além do site e aplicativo de GZH.