O Brasil atingiu uma marca importante no Playerunknown’s Battleground (PUBG) no último dia 19. No segundo campeonato mundial de seleções do game, a brasileira terminou em terceiro lugar, ficando atrás por do Vietnã por apenas um ponto. O Reino Unido ficou com o título da competição.
Esse é o assunto do terceiro episódio do G-Start, o podcast de GZH sobre eSports. Para falar sobre o cenário do PUBG, o programa recebe Lucas Strada. Ele é gaúcho de Santo Ângelo e ex-técnico da Seleção Brasileira da modalidade.
Neste ano, a equipe formada por Pedro “Sparkingg” Ribeiro, Erick “Haven” Aguiar, Hailton “vhz” Júnior e Lucas “lfp1” Prado, sob comando de Guilherme “rbNN1” Carvalho, entrou para a história do PUBG brasileiro com o pódio conquistado na Tailândia. O feito pode representar um crescimento de investimento no cenário competitivo. Atualmente, faltam organizações que queiram apostar no jogo de Battle Royale.
— Depende muito de como a Krafton (empresa que desenvolve e distribui videogames) vai ligar para a situação. Na adianta a gente ir bem, ter bom rendimento e chegar aqui e as políticas da empresa serem totalmente voltadas aos estrangeiros. A gente disputa vaga para o mundial com o pessoal da América do Norte. Temos que jogar com um ping muito elevado contra eles e, quando chegamos na lan, terminamos na frente deles. Sei que tem organizações grandes que estão de olho no nosso cenário, mas é tudo um grande ponto de interrogação, desde que eu entrei para o cenário — comentou N4nanga, como é conhecido no cenário do PUBG.
Investimento esse que, segundo N4nanga, seria fundamental para fomentar o cenário do jogo no Brasil. Atualmente, o PUBG não tem recebido muito apoio e, a partir desses rendimentos e bons resultados, a perspectiva é de melhora. Mas ainda muito longe do que já existe na Europa e na Ásia, por exemplo.
— Lá, o cenário está bombando. Bombando mesmo. Salários altos no patamar dos jogadores de Counter-Strike. Já na América do Norte, ele não é tão aquecido mas já é muito melhor do que aqui. Na América do Sul, infelizmente, nenhuma organização latino-americana está apoiando. E eu entendo porque, comparado com os números dos outros jogos, ainda está abaixo. Só que lá fora, o pessoal está apostando no PUBG e acertando em cheio, porque as premiações são muito boas — contextualizou N4nanga.
O ex-treinador também falou da dificuldade financeira que os atletas brasileiros convivem para continuar na busca do sonho de viver só de PUBG. Algo que, atualmente, é impossível.
— No próprio mundial, a gente teve caso de um jogador da seleção brasileira jogando com um fone ruim. Que não era o ideal para ter uma boa performance no campeonato. Todos jogadores da nossa seleção trabalham para ter uma renda e, infelizmente, não podem se dedicar 100% ao jogo. Falta essa estrutura para que possamos dar um passo a mais — finalizou.