Após ficar sem vaga na Copa do Mundo ao perder o playoff das Eliminatórias para a Macedônia, em março, a Itália não vive um momento de muita confiança, por isso aceita a Argentina como favorita na Finalíssima, novo torneio disputado entre os campeões da Eurocopa e da Copa América. Atual campeã europeia, a seleção italiana decide o título intercontinental com os argentinos nesta quarta-feira, a partir das 15h45 (horário de Brasília), no Estádio de Wembley.
O técnico Roberto Mancini mostrou preocupação com o craque Lionel Messi, que, apesar de ter feito uma temporada abaixo da média no PSG, vive um bom momento na seleção nacional. Independentemente da fase vivida pelo jogador de 34 anos, o treinador italiano não consegue tirá-lo da lista de melhores do mundo.
— Na Itália vivemos muitos anos com Maradona, e Messi é como ele, um dos melhores de todos os tempos. Nesta temporada pode ser que não tenha feito tantos gols porque mudou de time e de país. Talvez precise de um pouco mais de tempo, mas acredito que ele é o melhor. Amanhã teremos que estar muito atentos com ele, porque ele pode mudar um jogo em um segundo — afirmou Mancini em entrevista coletiva.
O zagueiro Bonucci, por sua vez, destacou os números conquistados nos últimos anos pela seleção argentina sob o comando do treinador Lionel Scaloni. Invicto há 31 jogos, o time não perde desde a semifinal da Copa América de 2019, quando foi derrotado pelo Brasil. Dois anos depois, venceu o título continental justamente diante dos rivais brasileiros, em 2021, no Maracanã.
— Eles estão entre os melhores do mundo. A Argentina não tem nenhuma derrota nos últimos 31 jogos, e isso não é nenhuma coincidência. Nós precisamos de comprometimento e respeito máximos. Precisamos começar de novo e construir os alicerces que vão recolocar a Itália novamente no topo do futebol mundial —comentou o defensor.
A Finalíssima é a reedição de um torneio entre os campeões da América do Sul e da Europa realizado apenas duas vezes, em 1985 e 1993, com o nome de Troféu Artemio Franchi, em homenagem ao presidente da Uefa morto em 1983. A competição é considerada precursora da Copa Rei Fahd, que reuniu outros campeões continentais e deu origem à extinta Copa das Confederações.
A Argentina, aliás, foi a campeã da segunda e última edição do Troféu, em 1993, quando venceu a Dinamarca nos pênaltis após empate por 1 a 1 no tempo normal. Já a disputa de 1985 foi vencida pela França, que bateu o Uruguai por 2 a 0.