Ídolo dos paraguaios e pré-candidato à presidência do país, o ex-goleiro José Luis Chilavert, de 56 anos, foi condenado na noite de quarta-feira (25) a um ano de prisão por atos de difamação contra Alejandro Dominguez, atualmente presidente da Conmebol. A sentença final será lida na próxima quarta-feira, 1º de junho.
Chilavert está proibido de deixar o país sem autorização judicial e terá de comparecer uma vez por mês, nos próximos 90 dias, a uma delegacia para assinar um livro de comparecimento. Ainda será anunciado qual será o valor que ele deve pagar de indenização para Dominguez.
Na visão do juiz Manuel Aguirre, ficou provado que Chilavert cometeu os atos de difamação entre "cinco e seis meses" com diversos posts no Twitter. O ex-goleiro, por outro lado, foi inocentado das denúncias de "calúnia e injúria", também denunciadas pelo presidente da Conmebol. Dominguez exigia dois anos de prisão e 100 milhões de guaranis (aproximadamente R$ 70,5 mil) de indenização. A punição é pelo fato de ter "atacado a honra de uma pessoa", de acordo com o magistrado.
As denúncias de Chilavert contra Dominguez vieram todas pelo Twitter pessoal e em órgãos de imprensa da Argentina, onde brilhou defendendo o Vélez Sarsfield, e do Paraguai, desde a época em que o presidente da Conmebol era o dirigente principal da Associação Paraguaia de Futebol (APF), entre 2011 e 2014. Ele acusou Domínguez de supostamente ter recebido US$ 1.500.000 (em torno de RS 7,25 milhões) por suborno no caso FIFA Gate, na época em que presidia a APF.
Os delitos de difamação, calúnia e injúria têm penas previstas entre três meses e três anos de prisão no Paraguai. Chilavert se defende garantindo ter respaldo em publicações jornalísticas.