Dezessete anos depois, o Betis voltou a ser campeão da Copa do Rei, neste sábado (23), ao derrotar o Valencia, por 5 a 4, no pênaltis, após 1 a 1 no tempo normal. Musah falhou em sua cobrança, que acabou sendo decisiva para a conquista do time de Sevilha, diante de sua torcida.
Joaquín, de 40 anos, um dos jogadores que converteram a cobrança de pênalti, festejou demais, pois ele estava em campo na última conquista em 2005.
A final foi muita bem disputada com equilíbrio entre as equipes. A briga pela bola foi intensa, com faltas duras e muita reclamação com a arbitragem. O primeiro gol não demorou a sair. Iglesias cabeceou bonito, ao interceptar cruzamento da direita de Bellerin, aos 11 minutos, para colocar o Betis à frente no placar.
Em um jogo de poucas oportunidades de gol, Duro empatou, aos 30 minutos, após linda jogada de todo o setor ofensivo do Valencia, tornando a partida ainda mais tensa.
A segunda etapa permaneceu com o mesmo panorama. As equipes se revezavam no ataque, mas as chances eram raras. E quando eram concretizadas acabavam sendo inutilizadas pelas boas atuações dos goleiros. Mamardashvili surgiu duas vezes de forma sensacional, enquanto Bravo também impediu o gol de Soler.
Com tanto equilíbrio, a decisão pelo título foi para a prorrogação. E o tempo extra foi cruel com os jogadores, que sentiram o desgaste físico, após 90 minutos com tanta disputa. Os espaços surgiram com maior facilidade, mas os erros nos passes impediram a criação de jogadas perigosas.
A dedicação dos jogadores em campo foi reconhecida pelo público presente, que aplaudiu e incentivou as equipes o tempo todo. A decisão do título, merecidamente, foi para a disputa de penalidades.
O Betis não desperdiçou cobranças. Willian José, Joaquín, Guardado, Telio e Miranda marcaram. Pelo Valencia, Soler, Racic, Gonçalo Guedes e Gaya converteram, mas Musah chutou por cima do travessão.