A velocista nigeriana Blessing Okagbare foi suspensa por dez anos por uso de substâncias proibidas e por não cooperar na investigação realizada pelas autoridades antidoping, anunciou nesta sexta-feira a Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
Okagbare, de 33 anos, que foi uma das atletas com chances de medalha nos 100 metros nas Olimpíadas de Tóquio, havia sido suspensa provisoriamente e excluída dos Jogos pouco antes das semifinais no dia 31 de julho de 2021, por doping com um hormônio do crescimento em um exame realizado fora da competição em 19 de julho. Nas eliminatórias, ela venceu sua série com 11seg05. Em Londres-2012, ela foi finalista dos 100 m. No Rio-2016 chegou às semifinais dos 100 m e 200 m.
No início de outubro de 2021, ela testou positivo para EPO. A AIU especificou que a nigeriana foi suspensa por cinco anos por "uso repetido de produtos proibidos" e outros cinco anos por "sua recusa em colaborar com a investigação da AIU".
"Uma suspensão de 10 anos envia uma forte mensagem contra tentativas deliberadas e coordenadas de trapacear no mais alto nível do nosso esporte", disse Brett Clothier, dirigente da AIU.
Okagbare fazia parte de um grupo de atletas de elite com base na Flórida, e era treinada pela americana Rana Reider, que também inclui Trayvon Bromell e o campeão olímpico canadense dos 200 m, Andre de Grasse.
A atleta nigeriana foi vice-campeã olímpica do salto em distância em Pequim-2008, prova vencida pela brasileira Maurren Maggi e que teve a russa Tatyana Lebedeva em segundo. Porém, ela foi desqualificada por doping e dessa forma Okagbare que havia sido bronze herdou a prata.
A AIU indicou que Okagbare tem 30 dias para recorrer da decisão perante o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).
* AFP