Novak Djokovic não quer nem pensar em abrir mão do primeiro Grand Slam do ano. Horas após ser liberado por um juiz e ter sua entrada na Austrália permitida, o tenista sérvio já foi para a quadra treinar e revelar que pretende buscar seu 10° título no Aberto da Austrália.
A competição está agendada para começar no dia 17 de janeiro, em Melbourne, mas a presença do número 1 do mundo ainda é incerta pela possibilidade de o governo australiano deportá-lo. Ele, porém, já se imagina na competição.
— Estou satisfeito e grato que o juiz anulou o cancelamento do meu visto. Apesar de tudo o que aconteceu, quero ficar e tentar competir no Aberto da Austrália — postou o tenista sérvio, que ficou retido em um quarto desde quinta-feira no país.
— Eu continuo focado nisso. Eu voei aqui para jogar em um dos eventos mais importantes que temos diante de fãs incríveis — completou o maior vencedor da competição. A meta do sérvio é se tornar o maior ganhador de Grand Slams do planeta. Atualmente ele está empatado com Rafael Nadal e Roger Federer, todos com 20 conquistas.
Djokovic entrou na Austrália sem estar vacinado contra covid-19 e com um passaporte com isenção médica — acabou isolado no aeroporto. À Justiça, alegou ter testado positivo para a doença em 16 de dezembro, o que impossibilitou sua imunização. Nesta segunda-feira, após longa audiência, o juiz Anthony Kelly ordenou que ele fosse liberado.
O sérvio correu logo para a quadra para mostrar ao mundo que pretende, muito, jogar no Aberto da Austrália. Mas ele tem um adversário a mais. O ministro de Imigração, Cidadania, Serviços a Imigrantes e Relações Multiculturais, Alex Hawke, estuda usar seus poderes para cancelar o visto e deportar o sérvio, atitude que o impediria de adentrar no país por três anos.