Max Verstappen não será punido pela manobra defensiva que realizou em Interlagos, no GP de São Paulo de Fórmula-1, há uma semana, na qual acabou saindo da pista e levando o inglês Lewis Hamilton junto. Após investigação, comissários da FIA rejeitaram o recurso da Mercedes e o resultado da prova acabou mantido.
A Mercedes pedia a punição ao menos de cinco segundos, que acarretaria na perda do segundo lugar do holandês para Valtteri Bottas e diminuiria a vantagem do piloto da Red Bull na disputa pelo título, atualmente em 14 pontos. A alegação é que a manobra do holandês foi proposital e premeditada.
Verstappen e Hamilton estavam lado a lado na curva 4, em Interlagos, na volta 48, com o holandês à frente. O inglês tentou a ultrapassagem e o movimento de defesa, jogando o carro na direção da Mercedes, foi anotado pelo Diretor da Prova. Contudo, os comissários decidiram que nenhuma investigação era necessária. Após obter imagens de uma câmera de dentro do carro da Red Bull, veio o pedido de recurso, na terça-feira.
A Mercedes, com "novas evidências", esperava por uma reviravolta no resultado da prova. Os comissários ouviram representantes das equipes na quinta-feira, no Catar, onde ocorre um novo GP neste domingo, e divulgaram a decisão nesta sexta-feira após o primeiro treino livre.
— Sempre haverá alguns ângulos de filmagem, por causa dos limites de tecnologia e largura de banda, que não estão disponíveis no momento. Os administradores determinam que a filmagem não mostra nada de excepcional que seja particularmente diferente dos outros ângulos que estavam disponíveis para eles no dia, ou que mude sua decisão baseada na filmagem originalmente disponível.
A negação do pedido do recurso da Mercedes significa que Verstappen não corre o risco de qualquer tipo de penalidade retroativa e que o resultado do GP de São Paulo está mantido.
—Quer as decisões dos comissários sejam ou não consideradas certas ou erradas, e assim como as decisões dos árbitros no futebol, não parece desejável ser capaz de revisar qualquer ou todas as decisões discricionárias na corrida até duas semanas após o fato. Os comissários, portanto, duvidam seriamente que a intenção do Direito de Revisão no ISC (Código Desportivo Internacional) é permitir que os competidores busquem uma revisão de tais decisões discricionárias que não decorram de uma investigação formal pelos comissários — explicou a FIA.