O segundo dia da Copa Satélite de esgrima em cadeira de rodas, que acontece no Centro de Treinamento Paralímpico Brasileiro, em São Paulo, teve como destaques Alex Sandro Souza, do Pinheiros (SP), e o gaúcho Jovane Guissone, da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná, que levaram o título em suas segundas armas e, com isso, conquistaram o segundo ouro no torneio. O sábado (2) ainda teve as vitórias da gaúcha Mônica Santos, do Grêmio Náutico União, e de Lenilson de Oliveira, do Paulistano (SP).
Após um primeiro dia intenso de campeonato, o sábado reservou alguns espetáculos, em especial de Alex Sandro. O esgrimista do Pinheiros, que já havia sido campeão no florete (sua primeira arma), voltou às pistas pela categoria A do torneio de sabre e, mesmo não estando na sua especialidade, venceu Sandro Colaço, da Associação dos Deficientes Físicos do Paraná por 15 a 10 para ficar com o ouro, o seu segundo na competição.
— Acho que já garanti o relatório do clube, a prestação de contas vai ser bem bacana. Foi muito bom, depois de dois anos parado é uma boa forma de voltar à ativa. O Brasil está melhorando cada vez mais na modalidade e espero defender o país em Paris 2024 — disse Alex Sandro de Souza.
A mesma situação foi vivida por Jovane Guissone. O medalhista de prata na Paralimpíada de Tóquio já havia conquistado o título na sua principal arma, espada, na categoria B. Não satisfeito, ele foi para a disputa da sua arma secundária e venceu. Na decisão do florete, ele jogou contra Vanderson Chaves (Grêmio Náutico União-RS), que também representou o Brasil no Japão, e o bateu por 15 a 3.
— Estou feliz, porque fiz uma boa competição também no florete e mesmo depois de quase um mês sem poder pegar em nenhuma arma por conta de um acidente que tive. Fiz uma prova boa e joguei bem. Além disso, fazer uma final com o Vanderson é muito gratificante, pois é um atleta que vem se destacando — disse Guissone, que se recuperou de uma fratura no pé em um acidente doméstico.
Mônica Santos brilha no feminino
Outra atleta que esteve na Paralimpíada e que fez uma boa campanha no CT Paralímpico Brasileiro foi Mônica Santos. A esgrimista fez um embate digno de Jogos Paralímpicos com a companheira de seleção brasileira, Carminha Oliveira (Associação dos Deficientes Físicos do Paraná), que também disputou o megaevento. Na final da categoria A do florete, triunfo da atleta gaúcha por 15 a 7.
— Estou muito feliz, principalmente, por vencer depois de dois anos sem ter competições nacionais. Voltar sendo campeã tem o gostinho mais gostoso. A fomentação da esgrima é muito importante, não só para o alto rendimento, mas para todos, para termos uma válvula de escape e uma qualidade de vida melhor, então, deixo o recado para todos praticarem esportes — pediu a campeã.
O último a levar ouro no dia foi Lenilson de Oliveira. Na categoria A da espada, ele teve de passar por um duelo internacional na final para ficar com o campeonato. O seu adversário da decisão foi David Mendieta, da Colômbia, que foi superado por 15 a 10.