A Ferroviária derrotou o América de Cali, da Colômbia, por 2 a 1, neste domingo (21), no estádio José Almafitani, em Buenos Aires, na Argentina, e conquistou pela segunda vez em sua história o título da Copa Libertadores da América feminina. Esta foi a terceira vez que o time de Araraquara disputou decisão do torneio: venceu o Colo Colo, do Chile, em 2015 e perdeu para o Corinthians, em 2019.
Em sua quarta participação na competição, a equipe reformulada e comandada pela técnica Lindsay Camila sofreu na primeira fase. Após um início ruim com goleada sofrida, se recuperou e conseguiu a suada classificação ao mata-mata pelo critério de gols feitos, após combinação de resultados. Nas quartas de final, superou o River Plate por 1 a 0 para, em seguida, eliminar a Universidad de Chile nos pênaltis.
Vários são os destaques da Ferroviária na conquista do título. A primeira a brilhar é Lindsay Camila. Com apenas dois meses no cargo, ela fez história por ser a primeira vez, em 12 edições, que uma mulher comanda uma equipe campeã da Libertadores feminina. Se destacaram também a goleira Luciana, que defendeu três cobranças na decisão por pênaltis na semifinal, e a zagueira-artilheira Ana Alice, autora de três gols.
Na final deste domingo, a Ferroviária largou na frente com um gol de Patrícia Sochor, que aos sete minutos cobrou falta e contou com falha da goleira Katherine Tapia para abrir o placar. O time colombiano empatou em cobrança de pênalti cometido por Yasmin sobre Gisela Robledo aos 39. A camisa 10 Catalina Usme, com categoria, acertou o canto direito e se igualou a brasileira Cristiane como maior artilheira da história da Libertadores feminina, com 29 gols. Antes do intervalo, ais 42, Lurdinha foi derrubada pela zagueira Daniela Arias e a capitã Aline Milene executou com perfeição a cobrança do pênalti.
O segundo tempo foi completamente dominado pelo América de Cali, que acertou duas bolas na trave e pressionou o tempo todo, mas acabou desperdiçando as chances criadas por imperícia ou por boas defesas da goleira Luciana.
— Um título que a gente esperava. Nós trabalhamos para chegar às finais e ganhar títulos. Felizmente estamos aqui hoje (domingo) e conseguimos terminar esse trabalho com a conquista do título para Araraquara. Nós sempre estávamos unidas, sempre com o mesmo propósito para chegar onde chegamos — comentou Aline Milene.
Este foi o nono título de uma equipe brasileira em 12 edições do torneio desde 2009. Chile, Colômbia e Paraguai somam uma conquista cada.
O Corinthians ficou com o terceiro lugar ao golear a Universidad de Chile por 4 a 0, na preliminar. Sem dificuldades, a equipe comandada pelo técnico Arthur Elias construiu o placar com gols de Adriana, de pênalti, aos 34 do primeiro tempo, e Victoria Albuquerque, aos 20, Juliete, aos 39 e mais uma vez Victoria Albuquerque, aos 44 da etapa final.
Confira a lista de campeões da Libertadores feminina:
2009 - Santos (BRA)
2010 - Santos (BRA)
2011 - São José-SP (BRA)
2012 - Colo Colo (CHI)
2013 - São José-SP (BRA)
2014 - São José-SP (BRA)
2015 - Ferroviária (BRA)
2016 - Sportivo Limpeño (PAR)
2017 - Corinthians/Audax (BRA)
2018 - Atlético Huila (COL)
2019 - Corinthians (BRA)
2020 - Ferroviária (BRA)