O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach, afirmou nesta quarta-feira (10) que "não há razões para duvidar" que os Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus, vão começar no próximo dia 23 de julho e garantiu que a segurança de todos é a grande prioridade.
Bach, que falava na abertura de Assembleia-Geral do COI, lembrou que "nas últimas semanas se têm disputado várias competições mundiais, o que prova que o esporte consegue se organizar de forma segura, mesmo sob as atuais restrições", impostas pela pandemia da covid-19.
— A nossa prioridade tem sido, e será sempre, a segurança de todos os participantes nos Jogos e claro dos nossos anfitriões japoneses. O COI trabalha ombro a ombro com eles sem qualquer reserva. Tóquio continua sendo a cidade mais bem preparada para receber os Jogos — afirmou o dirigente que foi reeleito como presidente da entidade durante a reunião, que foi realizada de forma virtual.
Thomas Bach lembrou que as competições que agora decorrem, muitas das quais de classificação para os Jogos, ainda não beneficiam do efeito da vacina contra o novo coronavírus, mas lembrou que quando chegar a Olimpíada serão "muitos os atletas já vacinados".
A recente nomeação de Seiko Hashimoto para a presidência do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, é, de acordo com Bach, "mais uma razão para confiar" no êxito da competição. O presidente do COI considerou que a escolha da ex-atleta para o cargo, do qual saiu Yoshiro Mori após comentários machistas, mostra a vontade de implementar ainda mais políticas relacionadas com a igualdade de gênero.
Bach admitiu que os Jogos implicarão renúncias e sacrifícios e, em um plano mais abrangente, considerou que o esporte deve se preparar para a sociedade pós-coronavírus.
— Ninguém se pode atrever a pensar que as coisas voltarão a ser como antes da crise (sanitária) —declarou o presidente do COI, que durante o discurso enviou várias mensagens de carinho ao povo japonês, em um período em que as pesquisas indicam que mais de 80% dos moradores são a favor de um novo adiamento ou cancelamento do evento.
Nesta quarta, o governo do Japão assumiu que será "difícil" permitir a entrada de torcedores estrangeiros para assistir aos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, embora tenha destacado que ainda não foi tomada uma decisão a esse respeito, o que deve acontecer até o final deste mês.