Ágatha e Duda conquistaram neste domingo (21) o primeiro título do Circuito Brasileiro de vôlei de praia da parceria. E de maneira perfeita, disputando a final das oito etapas e ganhando seis, sendo cinco consecutivas. A conquista, em Saquarema, no Rio de Janeiro, veio com a vitória por 2 a 0 sobre Bárbara Seixas e Carol Solberg, com duplo 21/17.
Foi a coroação de uma temporada excelente. São cinco medalhas de ouro seguidas e o 12° triunfo da parceria em uma etapa do circuito. Ágatha soma na carreira 19 ouros e Duda, 13. Elas vêm de um bronze conquistado na etapa do Catar do Circuito Mundial, na semana passada. No Circuito Brasileiro, elas ostentam uma invencibilidade de 30 jogos
Com apenas 22 anos, Duda ainda foi eleita a craque da decisão e festejou a conquista.
— Nos esforçamos muito. Se manter entre as melhores é ainda mais difícil do que chegar lá.Nosso time é muito estudado pelas outras duplas e queremos sempre mais — disse a jogadora sergipana.
Duda revelou que, depois de abrir mão da disputa do título da temporada passada para garantir uma das vagas olímpicas do Brasil nos Jogos de Tóquio, erguer o título agora era a prioridade.
— Aprendemos uma com a outra e tentamos tirar de todos os jogos onde podemos melhorar. Pela corrida olímpica, acabamos não participando de algumas etapas na temporada passada e colocamos como meta esse ano vencer o Circuito Brasileiro. Fico muito feliz de termos alcançado esse objetivo. É meu primeiro título brasileiro e um sonho realizado — concluiu a campeã dos Jogos Olímpicos da Juventude de 2014.
Ágatha endossou as palavras da parceira e disse que afora espera repetir o sucesso na busca pela segunda medalha olímpica.
— É muito bom conquistar o que se coloca como meta. Acho que nosso time nunca tinha colocado tão forte isso como meta. E aí esse ano a gente colocou "vamos ser campeãs brasileiras. Independentemente de o foco maior ser Tóquio, a gente tinha condição de primeiro brigar pelo Brasileiro e depois pensar lá na frente — comentou a vice-campeã nos Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro.
A paranaense admite que elas estão jogando forte no circuito justamente para fazer bonito no Japão.
— Na verdade, não deixa de ser uma construção para frente. Porque se colocando aqui querendo o primeiro lugar o tempo todo, a gente se obriga a toda hora ter de buscar ferramentas para conseguir estar em primeiro. E essa busca por ferramentas faz com que a gente aumente nossa bagagem para Tóquio. Agora, foco total internacional. Começar a estudar, jogar as etapas lá fora pensando já em quem são os times que vão estar nos Jogos Olímpicos. Foco total internacional a partir de agora — destacou a jogadora de 37 anos.
Na disputa pelo bronze, melhor para a outra dupla que representará o Brasil em Tóquio. Campeãs da temporada passada, Ana Patrícia e Rebecca venceram, de virada, Taiana e Hegê, por 2 a 1, parciais de 19/21, 21/15 e 15/11.