Estreando novo uniforme, a Seleção Brasileira feminina de futebol goleou o Equador por 6 a 0, na noite desta sexta-feira (27), em amistoso disputado na Arena Corinthians, em São Paulo. Foi o primeiro jogo da equipe comandada pela técnica Pia Sundhage em mais de oito meses - o jejum se deveu à pandemia do novo coronavírus.
O time brasileiro marcou apenas um gol no primeiro tempo e encontrou dificuldades até os 32 minutos da segunda etapa, quando deslanchou em campo e marcou cinco gols em apenas dez minutos.
A partida serviu de retomada da seleção, após a longa paralisação das competições e Datas Fifa, e também de preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio, adiados para 2021. Brasil e Equador voltam a se enfrentar na próxima terça-feira, no estádio do Morumbi, novamente em São Paulo, às 21h30. Será o último jogo da seleção feminina neste ano.
O amistoso desta sexta marcou a estreia do novo uniforme da equipe feminina, com um escudo exclusivo, sem estrelas, que são alusivas aos cinco títulos da Copa do Mundo do time masculino. De acordo com comunicado divulgado pela CBF e pela Nike, a ideia de tirar as estrelas é "valorizar as conquistas das mulheres que construíram a rica história da seleção feminina ao longo dos anos e inspirar uma nova geração de atletas".
Ao longo da partida, a treinadora deu chances a Valéria, Duda, Aline Reis, Jucinara, Nicole e Andressinha. Do outro lado, as brasileiras enfrentaram uma equipe comandada por uma compatriota. Com passagens pelo Santos e pela própria seleção brasileira, Emily Lima é a atual treinadora da equipe equatoriana. Foi a primeira vez que ela enfrentou o time nacional.
Com a bola rolando, o Brasil dominou o Equador, principalmente no primeiro tempo. A equipe nacional impunha intensidade a todo momento, exibia boa movimentação e praticamente não era testada na defesa. A goleira Bárbara não trabalhou no primeiro tempo.
As redes, contudo, balançaram apenas uma vez. Isso porque o Brasil tinha dificuldade para superar a boa defesa equatoriana, montada por quem conhece muito bem a seleção brasileira. A bola só entrou aos 33, em lance de bola parada. Após cobrança de escanteio, a defesa afastou e a bola sobrou nos pés de Debinha. Sem qualquer marcação, ela teve tempo de ajeitar a bola antes de encher o pé e mandar para as redes.
Para o segundo tempo, Pia promoveu diversas mudanças no time. Foram quatro de uma só vez. As alterações afetaram o ritmo da seleção, sem a mesma intensidade da etapa inicial. Mas o Brasil só precisou chegar ao segundo gol para deslanchar na partida e marcar cinco gols em apenas dez minutos.
No gol mais bonito da partida, aos 32, em bela troca de passes envolvendo Formiga e Nicole até a finalização certeira de Debinha. No minuto seguinte, o lance do terceiro gol também mereceu elogios. Começou com passe de calcanhar de Nicole, levantamento na área de Duda, que encontrou Valéria, sem marcação quase na pequena área, para completar para o gol.
Quatro minutos depois, Andressinha cruzou na área e Rafaelle escorou para as redes. Em seguida, aos 38, Nicole invadiu a área e sofreu falta. Debinha cobrou o pênalti com tranquilidade e aumentou a contagem. O sexto e último gol veio aos 42 minutos. Duda bateu de fora da área e encobriu a goleira equatoriana, selando a goleada.
O Brasil jogou com Bárbara (Aline Reis), Bruna Benites, Erika, Rafaelle, Tamires (Jucinara); Andressa Alves (Valéria), Luana (Andressinha), Formiga, Adriana (Duda); Ludmila (Nycole) e Debinha. A atacante Marta havia sido convocada, mas acabou sendo cortada ao testar positivo para a covid-19.