Um gol histórico marcou a rodada de meio de semana da segunda divisão do Paraná. E foi feito pelo gaúcho Renan Dida, do Azuriz, o terceiro da goleada por 4 a 0 sobre o Araucária.
O goleiro de 22 anos, natural de Alvorada, cobrou uma falta da entrada de sua área, no campo de defesa, fez a bola viajar praticamente 90 metros e só parar dentro da goleira adversária.
O atleta fez toda a base no Grêmio, do sub-10 ao profissional. Ele estava no grupo campeão da Copa do Brasil 2016 e da Libertadores 2017, mas não chegou a atuar na equipe principal. Passou pelo ASA-AL e voltou para o Rio Grande do Sul, onde defendeu Cruzeiro e Pelotas.
Também atuou no ABC-RN e está desde julho no Azuriz, clube formador com sede na cidade de Marmeleiro, mas que manda jogos em Pato Branco, e cujo gerente é Martin Carvalho, ex-jogador do Inter e filho do ex-presidente colorado, Fernando Carvalho. Renan Dida conversou com a reportagem de GZH no dia seguinte ao gol.
Que golaço, hein?
Chutaço, né, velho?
Não vai me dizer que foi por querer...
Ah, dá para ver que não foi por querer (risos). A linha deles estava adiantada. Nosso centroavante gritou que estava no mano com o zagueiro. Tenho facilidade e força para bater na bola. Então, tento jogar atrás da linha deles para agilizar um contra-ataque ou ficar numa situação boa. Foi forte demais e surpreendeu o adversário.
Tinha muito vento ou foi na força mesmo?
Não tinha vento, foi força. O campo estava molhado, acho que ajudou um pouco.
Foi teu primeiro gol?
Meu primeiro gol. Foi uma surpresa, eu não sabia nem como comemorar.
Pretende seguir cobrando falta?
Não, meu negócio é lá atrás mesmo. Sou um cara que gosta de defender.
O que prefere, pegar um pênalti ou fazer um gol?
Prefiro defender um pênalti. É uma sensação ainda melhor, inexplicável.
Como está a vida no Azuriz?
Começamos mal o campeonato, mas estamos nos recuperando. A estrutura do clube é nota 10, e o pessoal, da rouparia à presidência, é excelente.