A Fifa propôs nesta semana que as equipes possam fazer cinco substituições por partida quando as competições forem retomadas após a paralisação causada pela pandemia do coronavírus. A mudança na regra foi encaminhada à International Football Association Board (Ifab), órgão que regulamenta as normas do futebol, e teria como objetivo minimizar efeitos do calendário apertado na parte física dos atletas.
Para dirigentes da dupla Gre-Nal, essa seria uma alternativa interessante. O vice-presidente de futebol do Grêmio, Paulo Luz, entende que a medida seria benéfica aos jogadores.
— A gente vê essa possibilidade com bons olhos, porque se tivermos jogos muito frequentes pode ser um processo bem aproveitado e útil. Mas essa é uma ideia muito minha, que ainda não foi conversada com a comissão técnica — destacou.
Do lado colorado, o vice-presidente de futebol do Inter, Alessandro Barcellos, também ressaltou que o clube ainda não consolidou uma opinião sobre o assunto, até mesmo porque nada disso foi conversado com o técnico Eduardo Coudet. Contudo, o dirigente lembrou que esta ideia já havia sido colocada em prática na Copa São Paulo de Futebol Júnior, por exemplo, quando foram permitidas cinco trocas por jogo em razão do pouco tempo de intervalo entre uma partida e outra.
— Ainda não nos debruçamos sobre esse tema, mas eu diria três coisas: a primeira é que ajudará naqueles casos em que tu perde um jogador muito cedo por lesão, segundo é que auxiliará em necessidade de mudança de jogo, tendo mais opões, e a terceira é um alerta que precisa ser feito em relação ao tempo de parada. É importante que os árbitros tenham um critério claro e observem esse tempo maior de paralisação — ponderou Barcellos.
Mesmo que haja uma limitação de três paradas para que as cinco trocas sejam feitas, além do intervalo, os dirigentes sabem que o tempo para as substituições podem ser maiores. Além disso, existem outras ressalvas.
— Cinco substituições é quase meio time sendo trocado, pode ser que se perca o entrosamento. Por isso, ainda temos de avaliar para saber o quão positiva a medida pode ser — afirmou Paulo Luz.
O vice de futebol do Inter também hesitou:
— Por óbvio, quando o calendário é mais apertado e permite ao clube usar mais jogadores em um jogo pode ser bom, mas é relativo se será mesmo vantajoso. Ainda é muito precoce fazer uma avaliação taxativa sobre as vantagens físicas, por exemplo.
Resta aos clubes aguardarem qual será o entendimento da Ifab quanto à mudança na regra. Conforme as agências de notícias, a tendência é de que seja aprovada. A Dupla, tanto quanto os demais times no mundo, seria impactada pela novidade já na retomada das competições e teria de se adaptar. E, claro, confiar que tem um grupo forte para que possa fazer as trocas sem que a qualidade despenque.