O goleiro Renan, ex-Inter, defendeu a decisão do Esportivo de retornar aos treinamentos durante a pandemia de coronavírus. O clube retomou as atividades na última quinta-feira (16) se aproveitando de um decreto municipal assinado pelo prefeito de Bento Gonçalves, Guilherme Pasin, que autorizou o funcionamento das atividades em clubes e centros esportivos desde que sejam adotadas medidas de contingenciamento do público.
Com 35 anos e a experiência de ter jogado no futebol espanhol, além de ter defendido a Seleção Brasileira, Renan ressaltou o esforço feito pela diretoria do Esportivo ao ampliar os contratos dos atletas, que encerrariam em abril, por mais três meses.
— O presidente foi franco conosco. Ele nos abriu que não tinha como manter os contratos anteriores. A gente conversou e foi achada a solução com redução salarial. O grupo vai receber 30% dos contratos anteriores — afirmou em entrevista à Rádio Gaúcha.
— A gente está tentando passar uma mensagem para o povo de Bento, que retomou as atividades de trabalho. Mostra que o Esportivo está junto com eles. É claro que temos de ter cuidados, como uso de máscaras e álcool gel, mas pouco a pouco isso será inevitável — completou.
Renan ainda ressaltou a boa relação do elenco com o presidente do Esportivo, Laudir Piccoli. Segundo o goleiro, o dirigente deixou aberta a possibilidade de que jogadores que não se sentiam seguros para voltar a treinar pudessem ficar em casa, mas o grupo decidiu de forma consensual se reapresentar.
— O presidente sempre deixou aberto que quem não se sentisse bem não precisava treinar. A gente se apresentou de forma espontânea. Na minha visão, e não é política, nada disso, mas penso que temos de retomar as atividades gradualmente. A gente pode ter contagio indo ao supermercado ou fazendo algo essencial. Estamos tomando cuidados para não ter nenhum prejuízo a outro atleta ou até mesmo a funcionários — finalizou.