O relógio passava das 16h no dia 3 de fevereiro de 2010. Grêmio e São Luiz iriam se enfrentar pela sexta rodada da Taça Fernando Carvalho, um dos turnos do Gauchão daquele ano. O termômetro marcava 37ºC e o narrador Gustavo Manhago e o comentarista Batista iniciavam sua participação direto das cabines do Estádio Olímpico, no programa TVCOM Esportes, quando o ex-jogador de futebol revirou os olhos e foi ao chão ao vivo.
Em meio à preocupação dos espectadores e dos companheiros de Batista, o programa voltou para o comando dos jornalistas Felipe Bueno e Maurício Saraiva.
— Batista sentiu-se mal, com certeza foi do calor. Imediatamente será atendido, vai passar uma água no pescoço e vai ficar tudo legal com o Batista. O calor está muito forte — falou à época o apresentador Maurício Saraiva.
Batista relembra o fato, que aconteceu há exatos 10 anos, com bom humor e reforça de que a equipe se preocupou, mas que ele sabia que não era nada demais:
— Eu não estava me hidratando direito. Tomava muito refrigerante e, claro, uma cervejinha (risos). Foi um verão muito quente o daquele ano. Eu apaguei. Lembro que senti uma situação de incomodo, as coisas pareciam estar girando. Parece que desligaram uma tomada. Logo quando caí, vieram me acudir. Na sequência, já voltei ao normal e fiz a transmissão.
O colega de jornada, Gustavo Manhago, comenta a situação inusitada:
— Na hora, foi um susto muito grande pois parecia algo pior. Prontamente, deixei a transmissão de lado e procurei ajudá-lo. Felizmente, a inconsciência dele durou menos de um minuto e ele até comentou aquele jogo depois comigo no Premiere.
Desde então, o ex-jogador da dupla Gre-Nal disse que sua vida não mudou tanto, mas que passou a se hidratar melhor, principalmente quando pratica exercícios físicos.
— No começo, fiquei preocupado para não acontecer de novo. Mexeu com a minha cabeça, mas desde então vivo bem. Muita gente ficou preocupada, mas não era nada demais. Foi algo pontual. Hoje, tomo bastante água para não acontecer novamente.
Hoje longe das câmeras, aproveita para passar mais tempo com os netos, algo que quase não conseguia enquanto estava comentando. E garante que não se incomoda com os memes que, mesmo 10 anos depois, seguem sendo criados a partir do seu mal-estar naquela tarde quente nas cabines do Estádio Olímpico.
— Uma brincadeira como força de reconhecimento a minha saúde e a minha resistência física, o vigor que eu tinha quando jogava, era difícil de derrubar. Encaro na boa, é uma brincadeira. Temos de ter espírito esportivo, tem gente que torceu por mim.