A Defensoria Pública e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ) entraram com um novo pedido de indenização junto à Justiça para os familiares das vítimas do incêndio no CT do Ninho do Urubu, do Flamengo.
Além de pedir "à Justiça a confirmação de decisão que condenou o clube a pagar pensão mensal no valor de R$ 10 mil por mês", foi solicitado "reparação no valor de R$ 1 milhão para cada mãe e pai dos jovens atletas mortos". A tragédia completou um ano no último sábado (8).
— Está sendo necessária a ação para que a Justiça condene o Flamengo a assumir sua responsabilidade pela morte dos meninos, assim como pelos danos sofridos pelos sobreviventes, nos valores justos, uma vez que a investigação criminal demonstrou que a tragédia foi causada pela negligência e omissão do clube, e que, apesar disso, até agora o Flamengo não indenizou todas as famílias adequadamente — disse Cíntia Guedes, coordenadora Cível da Defensoria, ao site do órgão.
O pedido ainda aponta dever de indenização do clube por danos morais coletivos. "No caso da presente petição, é pedido o montante mínimo de R$ 20 milhões, diante da existência de elementos probatórios que evidenciam a culpa grave e consciente do réu", diz trecho de comunicado publicado no site da Defensoria.
O incêndio deixou 10 mortos e três feridos. Até o momento, o clube rubro-negro fechou quatro acordos em 11 negociações. Dos casos finalizados, há o aperto de mãos com as famílias de Athila Paixão, de Gedson Santos, o Gedinho, de Vitor Isaias e com o pai de Rykelmo.
Com a mãe de Rykelmo, que acionou a Justiça, e com os familiares de Arthur Vinícius, Bernardo Pisetta, Christian Esmério, Jorge Eduardo, Pablo Henrique e Samuel Thomas ainda não houve resolução. As defesas não estão sendo conduzidas de forma coletiva.
O incêndio no Ninho do Urubu ainda é tema de CPI na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj). Em sessão realizada nesta sexta-feira (14), estiveram presentes dirigentes da antiga e atual gestão do clube rubro-negro para dar explicações.