Adversário do Inter neste sábado (5), o Cruzeiro segue sua interminável crise. Com dirigentes investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público e suspeitas em relação à administração do presidente Wagner Pires de Sá, o clube mineiro teve nesta sexta-feira (4), o anúncio da saída de seu diretor-geral Sérgio Nonato, que entregou uma carta de demissão.
— Tomo esta última atitude, na busca de contribuir com a pacificação interna do nosso clube do coração. A paz e união são fundamentais para a nossa recuperação. Nos meus mais de 40 anos vivendo dentro do Cruzeiro, sempre tive o sonho e objetivo de fazer o Cabuloso ainda maior. Abro mão do meu cargo, buscando, com essa atitude, contribuir com o clima adequado aos nossos desafios. Que permita ao Maior de Minas se manter aonde ele sempre esteve, entre os maiores do mundo e na elite do futebol Brasileiro — diz trecho da carta.
No clube desde a entrada da atual gestão, Nonato era um dos homens de maior confiança do presidente Pires de Sá, que pode ser afastado do clube no próximo dia 21, quando o Conselho Deliberativo do Cruzeiro irá se reunir para tratar o caso.
Além destas questões administrativas, o time de Belo Horizonte convive com a zona do rebaixamento do Brasileirão e nem mesmo uma vitória sobre o Inter o afastará do Z-4, já que está três pontos e duas vitórias atrás do Fluminense, 16º colocado.
Durante a semana, torcedores invadiram o treinamento da equipe na Toca da Raposa II para cobrar o desempenho dos jogadores, logo depois da derrota para o Goiás, que marcou a estreia de Abel Braga, terceiro técnico do clube na temporada, após as saídas de Mano Menezes e Rogério Ceni.
Em virtude desta invasão, as duas maiores organizadas cruzeirenses, a Máfia Azul e a Pavilhão Independente foram suspensas pelo Ministério Público de Minas Gerais, que determinou que elas não podem frequentar qualquer estádio brasileiro ou se aproximarem deles em um raio de 5 quilômetros usando qualquer objeto que caracterize a presença das mesmas, por um período de 30 dias.