Apesar de ter sido apenas a sua primeira participação em Jogos Pan-Americanos, a nadadora Viviane Jungblut conseguiu bons resultados em Lima: a gaúcha voltou pra casa com duas medalhas de bronze na bagagem. A atleta do Grêmio Náutico União ficou em terceiro nas provas dos 10km e dos 800m livre. Na tarde desta segunda-feira (12), a medalhista retornou ao clube e foi surpreendida pela recepção das crianças das equipes de natação, que, animadas, a esperavam com gritos, cartazes e balões.
— Eu só tenho que agradecer todos que estão aqui. Quando eu subi no pódio lá, não subi sozinha. Fico feliz de ver vocês estão buscando motivação nas minhas conquistas. Quando eu tinha a idade de vocês, olhava os mais velhos e isso também acontecia. Com certeza, com treino e dedicação vocês vão chegar lá. Quero agradecer a toda comissão técnica, diretoria e colegas de treino, sem vocês nada teria sido possível — disse Viviane.
Emocionada, a atleta também lembrou do seu desempenho no Mundial Esportes Aquáticos de Gwangjiu, na Coréia do Sul, onde chegou perto de conquistar uma vaga nas Olimpíadas de Tóquio. A nadadora terminou a prova em 12º lugar, e apenas as dez primeiras garantiam a vaga olímpica.
— No último dia 14, eu estava nadando maratona no mundial, na seletiva olímpica. Como todo mundo viu, fiquei a 80 centésimos de pegar olimpíada. O que eu pude tirar disso é que eu fiz tudo certo. Fiz o que eu planejei. Então, quando eu cheguei, tive a sensação de que eu fiz tudo o que eu pude. Não consegui, mas tenho mais uma chance nas provas de piscina. E fui para o Pan com meu resultado como aprendizado e motivação. Todas treinaram muito, se o meu melhor não foi o suficiente, vou voltar e treinar mais pra estar lá. Fui para Lima com esse pensamento, de dar a volta por cima. Eu só tenho a dizer muito obrigada — falou emocionada.
Sobre seu futuro, a atleta mantém o otimismo de que outros bons resultados estão por vir. Agora, o objetivo é terminar bem o ano, já pensando na preparação para o Troféu Brasil de 2020, na piscina olímpica do Parque Aquático Maria Lenk, no Rio, que também é seletiva para as provas nas piscinas olímpicas.
— A partir de agora tem duas competições grandes até o fim do ano. O mundial de praia, que é no início de outubro e no final de outubro tem os Jogos Mundiais Militares. A partir de agora também já começo a pensar nas seletivas olímpicas, que são no início do ano que vem. Eu vejo tudo isso que aconteceu, inclusive o que aconteceu no Mundial, como uma motivação. Nada é impossível pra ninguém, vou ter que ter foco e trabalhar. Olhando agora, nos últimos quatro anos, eu consegui classificar para duas grandes competições. Eu já vejo como uma evolução, e com certeza posso crescer mais — concluiu.