Os treinos fechados, a blindagem e o acesso restrito da imprensa aos jogadores chamam atenção na rotina da Seleção Brasileira nesta Copa América. Por outro lado, os torcedores hospedados no Hotel Deville, concentração da Seleção em Porto Alegre, possuem facilidade para tirar fotos com os atletas e conseguem até mesmo conversar com alguns membros da delegação.
— Eles são gente igual à gente. Segunda, na janta, o Filipe Luís sentou perto da gente no restaurante, e tiramos fotos com ele. E também estava lá o Taffarel (preparador de goleiros). Conversei com ele, falei que ele fez a alegria lá de casa, e também tiramos uma foto — conta, com alegria, a assessora de negócios Luana Franceschi, de Toledo, no Paraná, que está hospedada desde segunda-feira (24) no hotel em função de um evento da empresa em que trabalha.
No saguão, uma pequena grade separa a área comum dos hóspedes de um espaço reservado apenas para a delegação da Seleção. É comum ver diversos atletas recebendo familiares neste local em vários momentos. E os jogadores jamais rejeitam um pedido para tirar uma foto.
— Quem está hospedado consegue ver os jogadores várias vezes ao dia. Eles descem, ficam sentados em um sofá e recebem parentes e amigos. São separados apenas por uma grade. Se o torcedor quiser, é só chamar o atleta. E também os atletas passam com frequência pelo saguão para ir a treinos, reuniões e também o jogo — relata o repórter Alexandre Lozetti, do Globoesporte.com, que também está hospedado no hotel.
Em "casa", o atacante Everton, do Grêmio, é um dos jogadores que mais desce para o saguão e, consequentemente, é um dos mais vistos pelos hóspedes do hotel.
— Na segunda, o Everton ficou sentado boa parte da noite no sofá com um pessoal, não sei se familiares ou empresários. Percebemos também que muitos jornalistas circulam por conta da Seleção — declara o hóspede Thiago Back, de Medianeira, no Paraná.
O momento mais fácil para os hóspedes interagirem com os jogadores é quando a Seleção retorna do treinamento. Após descerem do ônibus e ingressarem no hotel, os atletas passam rente à grade e não costumam recusar pedidos para tirar fotos ou conceder autógrafos aos torcedores.
— Quando chamam, eles param. E são muito atenciosos, sobretudo com as crianças. Já tirei foto com o Marquinhos e com o Gabriel Jesus — comemora o executivo Rodrigo Mackievicz, de Bom Sucesso do Sul, também no Paraná, outro hóspede agraciado com a presença dos craques brasileiros.
A Seleção Brasileira ficará em Porto Alegre até sexta-feira, um dia após o jogo contra o Paraguai, na Arena do Grêmio, pelas quartas de final da Copa América. Se for até a final, o caminho brasileiro ainda passará por Belo Horizonte e Rio de Janeiro.