Bicampeã da Copa América, a seleção do Peru pretende voltar a disputar o título em 2019. Pelo menos, essa é a expectativa dos jornalistas que cobrem o dia a dia do elenco comandado por Ricardo Gareca. "La Rojiblanca" classificou-se para a fase de mata-mata nas últimas duas edições do torneio.
Em 2015, o time garantiu o terceiro lugar após perder na semifinal para o Chile — que sagrou-se campeão — e depois venceu a disputa de terceiro lugar sobre o Paraguai, que havia eliminado o Brasil.
No ano seguinte, no centenário da competição, os peruanos passaram pela fase de grupos, mas acabaram eliminados nas quartas de final pela Colômbia, nos pênaltis. Em 2019, depois de uma classificação histórica para a Copa do Mundo depois de 35 anos, o Peru almeja lutar, pelo menos, por uma vaga no pódio.
— Depois da Copa de 2018, as expectativas mudam. Ficamos muito tempo longe de uma Copa do Mundo e agora o nível de exigência aumentou. Em 2015, na Copa América, ficamos em terceiro. Na Copa América Centenário, perdemos nas quartas de final. Agora, queremos chegar na final. Mas nós sabemos que é difícil e complexo. Assim como o Peru evoluiu, as outras seleções também cresceram. O Peru tem que pensar em cada partida, jogar em todas como se fosse uma final — avaliou José Luis Saldaña, do jornal Depor.
— A expectativa é de que a gente dispute a maior quantidade de jogos possíveis. Se chegarmos a uma semifinal e conseguirmos lutar pela terceira ou quarta colocação, seria incrível. Em 2011 e 2015, brigamos pelo pódio e seria ótimo fazer isso mais uma vez — destacou Jorge Cuba, da rádio Ovación.
A esperança da crítica especializada tem nome e sobrenome: Paolo Guerrero. O centroavante do Inter é o expoente técnico da seleção que ergueu a taça da competição em 1939 e 1975.
— Ele é fundamental. Paolo Guerrero é o goleador, a estrela, o diferenciado. Ele ficou muito tempo suspenso por doping e nós sentimos muito a falta dele. Entre os atacantes peruanos, ninguém joga como ele, ninguém tem estas características. Ele tem uma qualidade de finalização e de ocupação de espaços no ataque que ninguém mais tem — salientou Cuba.
— Desde que voltou, (Guerrero) não parou de fazer gols. Definitivamente, com Guerrero, o Inter pode ser campeão da Libertadores. O Alianza Lima esteve no mesmo grupo do Inter e o observamos de perto. Guerrero está muito bem acompanhado com jogadores diferenciados, como Nico López, D'Alessandro e Rodrigo Dourado, que jogam fácil. É um time que joga para ele — falou Saldaña.
O Peru estreia na Copa América no próximo sábado (15), na Arena do Grêmio. O time de Ricardo Gareca enfrenta a Venezuela às 16h e está no Grupo 1, ao lado de Brasil e Bolívia.