O muro da Gávea, sede do Flamengo, foi novamente pichado na madrugada desta quinta-feira (23), agora com ironias à declaração do diretor de relações externas do Flamengo, Cacau Cotta. O dirigente relacionou, em entrevista à TV Bandeirantes, a grafia correta das palavras na manifestação da última segunda-feira a uma indicação de que o protesto não poderia ser de torcedores, e sim de grupos políticos.
A pichação desta madrugada ironiza a declaração com erros grosseiros na escrita dos nomes de Abel Braga e do personagem Mickey, além de uma referência direta à manifestação do dirigente. "Fora Abeu", "Copa Mick é o c..." e "Agora foi político também?" foram as frases pichadas.
Na última segunda-feira (20), os muros da Gávea já haviam sido pichados com as seguintes frases após a derrota do clube no fim de semana para o Atlético-MG, pelo Campeonato Brasileiro: "Fora Abel", "Fora Bap. O Flamengo não é seu", "Perder não é normal" e "Copa Mickey é o ca...".
"Perder não é normal" faz referência ao que foi dito pelo técnico Abel Braga, que apontou que os resultados ruins diante do Inter, no Beira-Rio, e para o Atlético-MG, no Independência, ambas no Campeonato Brasileiro, não eram resultados fora do comum diante das circunstâncias.
Já "Copa Mickey" foi uma lembrança à Florida Cup, torneio amistoso disputado durante a pré-temporada, nos Estados Unidos, e que teve a conquista enaltecida em recente nota oficial publicada pelo clube.
O assunto voltou à tona na quarta-feira, quando o diretor de relações externas do Flamengo ligou a pichação a manifestações políticas.
— Da forma como foi escrito, Mickey certo, Mickey todo certinho, não foi a torcida. Aquilo é político — disse à TV Bandeirantes.
Pouco depois do fim do programa, diante de toda a repercussão que a declaração ganhou nas redes sociais, Cacau Cotta utilizou o Twitter para se explicar e garantiu que buscou defender a torcida rubro-negra, que considera um alvo da mídia.