Aos 31 anos, o ex-número 1 do mundo Andy Murray anunciou, na última quinta-feira (10) em Melbourne, que irá se aposentar ainda neste ano, em Wimbledon, torneio do qual é bicampeão. Em entrevista coletiva no media day, que antecede o Aberto da Austrália, o escocês revelou que sente dores crônicas no quadril.
Chorando, o bicampeão olímpico chegou a ser retirado da sala de imprensa, mas quando voltou garantiu sua participação no primeiro Grand Slam do ano, do qual foi cinco vezes vice-campeão (2010, 2011, 2013, 2015 e 2016), e lembrou que larga em desvantagem:
— A dor é muito grande, mesmo. Eu não quero continuar jogando deste jeito — confessou.
Há um ano, Murray interrompia o ano de competições para submeter-se a cirurgia no quadril. O objetivo era livrar-se das dores constantes na região. O escocês adiantou que, dependendo da sua condição, pode se aposentar em definitivo após o Aberto da Austrália, e que há chances de melhorar com outra cirurgia. Entretanto, a nova intervenção seria feita após sua aposentadoria.
Aos 31 anos, Andy Murray é o quarto expoente de uma das mais vitoriosas gerações do tênis. São 45 títulos profissionais em nível ATP, três deles em Grand Slam: Wimbledon (2013 e 2016) e o US Open (2012) e 14 Masters 1000. Até o momento, o escocês tem 663 vitórias e 190 derrotas em toda a carreira.