A Fifa anunciou nesta quarta-feira (3) os candidatos ao The Best, prêmio de melhor jogador do mundo em 2018. E Lionel Messi não está na lista. Como explicar a ausência do melhor jogador da atualidade?
Em 11 anos muita coisa muda. No longínquo ano de 2006, o Facebook não tinha estourado ainda, a baleia do Twitter nunca tinha aparecido na tela de um computador e pouca gente tinha ouvido de Lionel Messi. Na época, com 19 anos, era um menino vindo de Rosario, uma das promessas de La Masia, e que foi adotado dentro de campo por Ronaldinho. Daquela temporada em diante, tudo, absolutamente tudo, mudou na vida de Messi. Empilhou títulos, conquistas pessoais e reconhecimentos pelo que fez em Barcelona. Messi era diferente. É craque. Onze temporadas ininterruptas de participações entre os três melhores do mundo. Protagonizou uma das maiores brigas futebolísticas entre os cronistas: Cristiano Ronaldo ou Messi, quem é o melhor?
Para alguns, isso ficou definido ontem. O argentino não apareceu na lista tríplice da Fifa para a eleição desse ano. Perdeu para Modric, Salah e CR7. Todos fizeram por merecer a aparição, mas será que La Pulga não merecia também estar lá? Foram 45 gols, 18 assistências, o título do Campeonato Espanhol e a Copa do Rei. Não passou a temporada em branco. Claro que foi um ano abaixo das expectativas e da realidade de Messi, mas são números de dar inveja a qualquer jogador do mundo. Ele pecou, mais uma vez, por ter fracassado defendendo a seleção da Argentina durante a Copa do Mundo de 2018 e foi ainda mais injustiçado pelo hype criado acerca do Real Madrid, campeão da Liga dos Campeões. Além disso, também ficou de fora dos holofotes dados ao Liverpool de Mo Salah, finalista da competição europeia.
Modric chegou na final da Copa e é campeão do mundial de clubes e da Liga dos Campeões. Seria injusto não ver seu nome entre os melhores do mundo. Salah levou o Liverpool à final da competição vencida pelo Real Madrid, mas também sucumbiu na Copa do Mundo da Rússia. E Ronaldo? Participou de menos gols do que Messi durante a temporada e, assim como o argentino, ficou abaixo do que se esperava durante o torneio de seleções. Não existe consenso sobre quem é melhor. Nessa lista é impossível agradar gregos e troianos, mas é triste não ver o nome de Lionel Andrés Messi entre os maiores. O futebol é uma terra de injustiças. Essa é apenas mais uma delas.