O atacante Paolo Guerrero, astro do Flamengo e capitão da seleção do Peru, teve a suspensão por doping ampliada de 6 para 14 meses e não poderá disputar a Copa do Mundo da Rússia-2018, anunciou nesta segunda-feira a Corte Arbitral do Esporte (CAS).
O CAS, com sede em Lausane, na Suíça, considerou que Guerrero "não tentou melhorar seu rendimento ingerindo a substância proibida", mas responsabilizou o atacante por um "erro ou negligência".
O CAS considera que Guerrero deveria ter "tomado medidas" para prevenir o não cumprimento das normas antidoping.
O capitão da seleção deu "positivo" pelo metabólito da cocaína benzoilecgonina, substância incluída na lista de proibições da Agência Mundial Antidoping (AMA), após teste realizado em 5 de outubro ao final da partida das Eliminatórias da Copa contra a Argentina.
O jogador de 34 anos tinha sido suspenso inicialmente por um ano, o que resultou no desfalque do atacante na repescagem contra a Nova Zelândia, que valeu a vaga no Mundial.
A Fifa anunciou no final de dezembro que a pena foi reduzida para seis meses.
Tanto o jogador, que pedia a anulação da suspensão, quando a AMA apelaram a decisão em fevereiro. A AMA pediu uma suspensão entre um e dois anos para o jogador.
A punição de seis meses terminou no dia 3 de maio. Guerrero entrou em campo com a camisa do Flamengo três dias depois, apesar de estar esperando a decisão do CAS para saber se poderia ou não estar na Copa do Mundo.
A máxima instância da jurisprudência esportiva lembrou que a Fifa prevê sanções de "pelo menos um ano" em seu código antidoping para os casos em que considera que o motivo da suspensão seja "falta leve ou negligência".
O CAS decidiu que "a punição mais apropriada são 14 meses, segundo o grau da falta de Guerrero". O castigo tira o atacante da Copa do Mundo da Rússia.
A seleção do Peru está no Grupo C ao lado de França, Austrália e Dinamarca.
* AFP