O estilo de jogo baseado em muita pressão e em atacar o adversário com poucos toques na bola deu certo para a Roma (ITA) contra o Barcelona (ESP), nas quartas de final da Liga dos Campeões. Prestes a enfrentar o Liverpool (ING), melhor ataque da competição com 33 gols em dez partidas, o técnico Eusébio Di Francesco promete manter-se fiel ao estilo de jogo que trouxe os italianos até a semifinal da Liga, após 34 anos.
— Nosso time mostrou que sabe jogar com quatro ou três na defesa. A coisa mais importante é não mudar nossa filosofia e a mentalidade.
Mesmo na derrota para o Barcelona por 4 a 1, no Camp Nou, os romanistas criaram muitas chances. Os erros de finalização e dois gols contra construíram a goleada dos catalães e com o mesmo estilo a Roma conseguiu a virada.
Di Francesco alterna a forma do seu time jogar entre o 4-3-3 e o 3-5-2. A ideia de jogo é baseada em abastecer Edin Dzeko, autor de 20 gols na temporada, e que concentra quase um terço dos 71 que a equipe marcou na temporada.
Para que Dzeko seja acionado, a Roma pode contar com dois pontas Under, El Sharawy ou Schick ou com um meio-campo reforçado e alas muito ofensivos como Kolarov e Florenzi.
Manter-se fiel ao estilo de atacar, mesmo tendo pela frente um adversário que marca tantos gols, é a aposta da Roma para continuar surpreendendo.
-— Se já chegamos aqui, temos que tentar. Agora vem o mais bonito e mais difícil — analisou o lateral-esquerdo Kolarov.
O estilo de jogo romano se assemelha a ideia de futebol de Jurgen Klopp. Os números são bem diferentes, no entanto. Se o Liverpool tem o melhor ataque, a Roma fez apenas 15. Os ingleses têm ainda a melhor defesa entre os semifinalistas com 7 gols sofridos, enquanto a Roma sofreu 12.
Na prévia da partida, os dois treinadores trocaram elogios.
— Sua filosofia me agrada. Ele já mostrou não só no Dortmund. Estou contente e preocupado de enfrentar um técnico com essa mentalidade. Klopp já mostrou seu valor. Eu tenho muita ambição — comentou Di Francesco.
Klopp comentou das dificuldades que ambos tiveram no caminho até a semifinal.
— Eles perderam Salah e nós Philippe Coutinho na temporada. Se diziam que não éramos favoritos, quem se importa?