A moto elétrica vai ter um campeonato para chamar de seu a partir de 2019, anunciaram nesta terça-feira os organizadores da categoria, que vai se chamar FIM MotoE World Cup e vai ser disputada junto com os Grandes Prêmios de motociclismo.
Após vários anos de testes, "hoje apresentamos algo concreto", parabenizou o presidente da Federação Internacional de Motociclismo (FIM), Vito Ippolito. O mandatário avaliou que este "é o início de uma nova era" neste esporte.
Carmelo Ezpeleta, dono da Dorna Sports, empresa que promove a MotoGP, especificou que a nova competição vai ser disputada durante os finais de semana dos GPs. A medida garantiria a máxima visibilidade para a recém criada categoria.
Em 2019, serão disputadas cinco provas em circuitos europeus que participam do calendário da MotoGP. O objetivo é ampliar para nível mundial no futuro.
Antes do início da temporada, treinamentos oficiais serão realizados no circuito de Jerez em fevereiro de 2019.
A moto será a mesma para todos os participantes e será construída pela marca italiana Energica, com pneus Michelin.
A potência será de 147 cavalos, com aceleração de 0 a 100 km/h em três segundos e podendo alcançar os 250 km/h.
"Gostei muito, é uma sensação incrível. Por uma vez você escuta o ruído do joelho tocando na pista", explicou o tricampeão de motociclismo Loris Capirossi, atual piloto de testes da moto elétrica.
"A moto é bastante pesada, mas como o peso está bastante baixo (por conta das baterias elétricas) é muito ágil", acrescentou o italiano.
Ezpeleta explicou que 18 motos vão participar da primeira edição, sendo 14 delas divididas entre os sete times da Moto GP e quatro tiradas na sorte entre equipes da Moto2 e Moto3.
O motociclismo segue os passos da Fórmula E, campeonato mundial de carros elétricos lançado em 2014 e que tem sucesso crescente entre os construtores.
* AFP