A agência italiana de notícias "ANSA" divulgou nesta quinta-feira que uma juíza da nona seção do Tribunal de Milão, na Itália, revelou os motivos que levaram à condenação de Robinho por “violência sexual em grupo” contra uma jovem albanesa. De acordo com o relatório, o atacante e um amigo (Ricardo Falco) demonstraram “desprezo absoluto” pela jovem, “exposta a humilhações repetidas, bem como a atos de violência sexual pesados”, que foram descobertos em “conversas interceptadas”.
“Termos chulos e desdenhosos, sinais inequívocos de falta de escrúpulos e quase consciência de uma futura impunidade”, relata o texto. “Isso levou o acusado até mesmo a rir várias vezes do incidente, destacando assim um absoluto desrespeito pela condição da vítima”, completa.
Robinho defende hoje o Sivasspor, da Turquia. Em 22 de fevereiro de 2013, Robinho atuava pelo Milan (ITA). A vítima de estupro tinha 22 anos. De acordo com a investigação, houve participação de cinco pessoas, além do jogador. Somente Ricardo Falco foi identificado. Os outros réus não foram encontrados e, por isso, o processo deles acabou suspenso. A condenação para Robinho e Falco é de nove anos de prisão.
“Uma história caracterizada agora por emoção intensa, por tons subjugados, típicos de uma pessoa que chegou com esforço para fazer a queixa, e isso parece particularmente fraco diante do caso”, diz a sentença, sobre a vítima, que relatou conhecer Robinho e seus amigos. Ela estava com duas amigas no Sio Café, em Milão, em uma festa.
De acordo com a jovem, os réus ofereceram bebida até “deixá-la inconsciente e incapaz de se opor”. O grupo teria levado a albanesa para um espaço menos movimentado da boate, onde manteve “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.
A defesa diz que não há nenhuma prova de que a vítima não tenha consentido com a relação nem de que ela teria ingerido bebida alcoólica. Robinho nega ter participado do episódio.